O amor começa

*Renan Santos Calanca


Querido cronista Paulo Mendes,

Estou lhe enviando esta carta resposta após ler sua crônica intitulada: “O amor acaba”. É apenas uma singela resposta para homenageá-lo.

O amor começa quando as reticências ocupam o lugar do ponto final. O amor começa em um copo sujo de esquina, em uma balada de fim de semana, em um parque de diversão. O amor começa quando a brisa encontra o mar, quando o verso vira história.

O amor começa em um dia útil ou feriadão prolongado. Começa às 15:00 horas de uma quarta-feira. Também começa em uma carta perfumada por qualquer motivo, quando o cravo encontra a rosa.

O amor começa de maneira incondicional, quando você deixa de lamentar e passa a amar. Começa quando o eu-lírico corteja uma mulher com uma declaração amorosa.

O amor começa quando alguém completa sua composição, quando o Eduardo encontra a Mônica e viram o hit do Legião. O amor começa quando “não posso me livrar das garras desse amor gostoso”.

O amor começa quando o vermelho deixa de ser vermelho e passa a ser o amor. O amor começa com sentimentos que nos deixam perdidos no tempo.

O amor começa quando a onça encontra a sua ressaca. O amor começa com uma aranha caprichosa, subindo por nossos pés e pernas sem sinal de afetação até que resolva nos picar. Começa também no olhar atônito do menino à professora.

Enfim, o amor começa quando ele vem “como um tiro certo em meu coração”.

 

*Aluno do curso técnico em Agropecuária do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso do Sul, campus: Nova Andradina

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