Após morte de agente e ameaças do PCC, polícia quer ''fronteira fechada''

Áudios em grupo de WhatsApp alertam sobre ataque contra policiais

Da Redação


As forças de segurança de Mato Grosso do Sul se mantêm em estado de alerta. Depois da execução do investigador Wescley Dias Vasconcelos, ocorrida ontem em Ponta Porã, colegas compartilharam áudios em grupos de WhatsApp informando sobre suposto plano da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), com objetivo de matar mais policiais em todas as cidades do Estado. Por este motivo, o Sindicato Estadual da Polícia Civil (Sinpol) sugere fechamento da fronteira.

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Segundo Giancarlo Corrêa Miranda, presidente do Sinpol, diante deste cenário de risco, a melhor saída seria a realização de nova operação na linha internacional, como houve na semana passada, saturando a região com policiais, inibindo a movimentação do crime organizado. "O Estado precisa dar uma resposta imediata neste sentido, tanto para esclarecer o quanto antes a morte do nosso colega, quanto para inibir ação do crime organizado. É preciso agir com inteligência", disse.

As supostas ameaças do PCC estariam dirigidas a policiais de modo geral, porém, Giancarlo não sabe dizer se são verdadeiras e nem se têm ligação com os fatos envolvendo o atentado contra Wescley. "Independentemente disso, quem trabalha com segurança tem que ficar em estado de alerta o tempo todo, principalmente nesta área de fronteira aberta. Se for verdade, não será nem a primeira nem a última vez, e o Estado precisa agir rápido, para evitar o pior".

Atentado

Wescley, agente do Setor de Investigações Gerais (SIG) em Ponta Porã, trafegava em uma viatura descaracterizada pelo Bairro Reno, na direção de sua residência, quando foi surpreendido pelos pistoleiros a bordo de um veículo modelo Honda Civic. O policial foi baleado várias vezes e não resistiu. A funcionária do poder judiciário que o acompanhava levou quatro tiros e foi socorrida com vida.

Giancarlo considera a ação como covardia que representa afronta contra a segurança pública.

Segundo a assessoria de Comunicação da Polícia Civil, o delegado Márcio Shiro Obara, da Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios (DEH) assume o caso. Equipes da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras), Grupo de Operações e Investigações (GOI) e Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) estão na cidade auxiliando na apuração. As informações são do Correio do Estado.

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