Presos de Dourados estão feridos e sem atendimento médico, aponta denúncia

Internos da PED alegam que foram agredidos durante recente operação

Correio do Estado


Em uma carta escrita a mão, com data de sábado (21), os internos da Penitenciária Estadual de Dourados (PED) denunciam que cerca de 60  homens estão sem atendimento médico desde o dia 18 de abril, quando o Batalhão de Choque da Polícia Militar fez operação pente-fino no presídio.

A autoria da carta é atribuída a “Massa Carcerária – Pavilhão II” (ala dominada por integrantes da facção PCC (Primeiro Comando da Capital) e chegou ao conhecimento do Correio do Estado na manhã deste domingo (22) por meio da mãe de um preso. Segundo ela, os internos, que ela alega terem sido vítimas de violência por parte do Batalhão de Choque, estão sem atendimento médico.

Os homens estão com braços e pernas fraturados, além de terem cortes e lesões profundas provocadas por tiros de borracha e mordidas de cães. 

Ministério público

No dia seguinte à operação pente-fino, a mãe de um preso fez denúncia no Ministério Público sobre as agressões. A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também esteve na PED para avaliar a condição dos internos.

A operação ocorreu depois de ameaças ao diretor-adjunto da PED e também após o assassinato de dois detentos nos últimos dias. Além disso, drones foram flagrados sobrevoando o presídio para lançar objetos proibidos aos internos.

Além dos agentes penitenciários, também participaram da operação pente-fino servidores da Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) e policiais do Batalhão de Choque da PM, que ficaram responsáveis por auxiliar na manutenção da ordem no local destinado a 718 presos, mas que atualmente abriga 2.295.

Veja abaixo trecho da carta

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