Policial / Polícia
Gaeco denuncia 28 policiais militares por corrupção e organização criminosa
Promotoria também pede que que seja decretada a perda de cargos dos denunciados
Da Redação
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) denunciou à Justiça 28 policiais militares alvos da operação Oiketicus, que investiga pagamento de propina pela Máfia do Cigarro para a livre circulação dos produtos contrabandeados do Paraguai. As informações são do “Campo Grande News”.
|Leia também
| Gaeco não consegue recuperar informações de celulares quebrados por PM
| Nova fase de atuação do Gaeco mirou PMs que atuam em divisas com outros estados
| Gaeco interroga testemunhas em busca de detalhes do esquema de corrupção na PM
| Gaeco volta para a rua em operação contra com a ''Máfia do Cigarro''
| Cigarreiro ganha R$ 4 mil na PM, tem R$ 7 milhões em bens e lavava dinheiro em garagem, diz Gaeco
| Justiça manda soltar sargento da PM preso com arma ilegal em operação
| Segurança do governador e promovido por ato de bravura é um dos presos pelo Gaeco
| Gaeco prendeu comandantes de batalhões da PM no MS
| PMs foram levados para corregedoria em operação contra a Máfia dos Cigarreiros em MS
| Gaeco deflagra operação contra corrupção policial em Nova Andradina e mais 13 cidades
A lista é formada por Admilson Cristaldo Barbosa, Alisson José Carvalho de Almeida, Anderson Gonçalves de Souza, Angelucio Recalde Paniagua, Aparecido Cristiano Fialho, Claudomiro de Goes Souza, Claiton de Azevedo, Clodoaldo Casanova Ajala, Elvio Barbosa Romeiro, Erick dos Santos Ossuna, Francisco Novaes, Ivan Edemilson Cabanhe, Jhondnei Aguilera, Kelson Augusto Brito Ujakov, Kleber da Costa Ferreira.
Além de Lindomar Espindola da Silva, Lisberto Sebastião de Lima, Luciano Espindola da Silva, Maira Aparecida Torres Martins, Marcelo de Souza Lopes, Nazário da Silva, Nestor Bogado Filho, Nilson Procedônio Espíndola, Oscar Leite Ribeiro, Roni Lima Rios, Salvador Soares Borges, Valdson Gomes de Pinho e Wagner Nunes Pereira.
Conforme o documento, datado de 4 de junho, todos foram denunciados por corrupção passiva e organização criminosa. O MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), por meio do Gaeco e da 24ª Promotoria de Justiça, pede também que seja decretada a perda de cargos dos denunciados.
“Haja vista que a conduta de todos é da mais alta gravidade e fere frontalmente o decoro da classe, o pundonor [ponto de honra] e o sentimento do dever, de maneira que se tornam incompatíveis com a atividade policial militar”. A denúncia foi apresentada à Justiça Militar, que decide se abre ou não a ação penal.
Piramidal
Segundo a promotoria, a estrutura do grupo era piramidal. No topo, policiais militares com patentes mais elevadas desfrutavam de maiores valores. Na lista dos “cabeças” aparecem três oficiais: o coronel Admilson Cristaldo, o tenente coronel Luciano Espindola da Silva e o major Oscar Leite Ribeiro. O coronel e o major também foram denunciados por lavagem de dinheiro.
Durante a investigação, o MP já havia apontado que Admilson tinha padrão de vida “totalmente incompatível com seus rendimentos como policial militar”. O coronel comprava carros, moto Harley Davidson, itens da Prada Brasil, banheira que custou R$ 28 mil entre compra e instalação, além de viagens no Brasil e no exterior.
Três etapas
Na primeira fase, realizada em 14 de maio, foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva contra policiais, sendo três oficiais, e 45 mandados de busca e apreensão. O saldo total foi de 21 prisões porque um sargento acabou preso em flagrante.
A ação foi em 16 localidades: Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão (distrito), Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá.
Segundo a investigação, a remuneração para os policiais variava de R$ 2 mil por mês a R$ 100 mil.
A segunda etapa aconteceu no dia 23 de maio, com mandado de busca e apreensão na casa e escritório de servidor do TCE (Tribunal de Contas do Estado). A terceira fase foi em 13 de junho, com mais oito prisões de policiais militares. Nome da operação, Oiketicus é um inseto conhecido popularmente como “bicho cigarreiro”.
Cobertura do Jornal da Nova
Quer ficar por dentro das principais notícias de Nova Andradina, região do Brasil e do mundo? Siga o Jornal da Nova nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram e no YouTube. Acompanhe!