Homem que sequestrou avião da Vasp para roubar R$ 5,5 mi é condenado a 59 anos de prisão por tráfico em MS

De acordo com a Justiça, Gerson Palermo era o chefe de um grupo criminoso especializado em traficar cocaína da Bolívia para o Brasil usando aviões e carretas

Da Redação


O traficante Gerson Palermo foi condenado a mais 59 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A sentença foi proferida pela 3ª Vara Federal de Campo Grande, nesta segunda-feira (19). Ele já havia sido condenado por sequestrar um avião da Vasp, em 2000.

A defesa do acusado afirma que as denúncias do processo não são confiáveis e que não há qualquer prova contra Gerson.

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De acordo com a Justiça, Palermo era o chefe de um grupo especializado em traficar cocaína. A quadrilha foi descoberta durante "Operação All In" deflagrada em seis estados pela Polícia Federal em março de 2017.

A operação resultou na apreensão de duas remessas da droga que somaram 810 kg de cocaína e na prisão de dois homens. As investigações apontaram que a droga era trazida da Bolívia até Corumbá (MS) por aviões e depois eram transportadas em caminhões em território brasileiro. O grupo tinha a disposição três aeronaves e pelo menos 15 caminhões e carretas, além de carros registrados em nome de "laranjas", diz a PF.

De acordo com o Ministério Público, Gerson apresentava-se como um comerciante informal de caminhões e aeronaves, desfrutando de alto padrão de vida, e que o grupo utilizava contas correntes pessoais, de familiares e amigos para fragmentar operações bancárias no intuito de não serem rastreados pelo Banco Central.

Aeronaves apreendidas no aeródromo sequestrado de Corumbá - Foto: PF/ Divulgação

O sequestro do avião

Gerson Palermo foi condenado por ser um dos seis autores do sequestro do Boeing 727/200 da Vasp, em 16 de agosto de 2000. O sequestro ocorreu cerca de 20 minutos após a decolagem da aeronave do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, com destino à Curitiba. Palermo, que já foi piloto, teria obrigado o comandante do voo a pousar no aeródromo de Porecatu. No município paranaense, a quadrilha fez a tripulação a abrir o compartimento de carga, de onde roubaram nove malotes do Banco do Brasil, contendo R$ 5,5 milhões, fugindo, em seguida, em um veículo também roubado. Com G1/MS

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