2023 é o ano mais quente em 125 mil anos

Entenda como é medido esse dado e como evitar os efeitos do calor excessivo

Da Redação


O observatório europeu Copernicus divulgou recentemente que o ano de 2023 vai se encerrar como o ano mais quente dos últimos 125 mil anos. A média de temperatura superou em 0,1ºC o antigo recorde, estabelecido em 2016, e ficou 1,4ºC acima da média da pré-Revolução Industrial e do início do registro meteorológico, no século 19.

Como é feita a medição de temperatura de outras épocas do passado?

A medição de temperatura é relativamente recente na história da humanidade; em 1592, o inventor florentino Galileu Galilei desenvolveu um tubo de vidro oco dentro de um reservatório de álcool; o ar dentro do tubo se expande e contrai, conforme muda a temperatura do ambiente, e esse tubo atinge diferentes alturas de flutuação dentro do reservatório. 

Mas foi só no século 18 que esse termômetro foi aprimorado, utilizando materiais mais confiáveis e uma escala precisa, a escala Celsius, para registro de temperatura ambiente. Em 1854, na Inglaterra, foi criada a Agência Meteorológica do Reino Unido, e desde então a temperatura média global tem sido registrada ano após ano.

Para descobrirmos a temperatura média do planeta antes desses registros, é preciso ter uma boa dose de pesquisa. Existem alguns métodos que são utilizados para essa datação.

Para períodos mais recentes, até por volta de mil anos atrás, são observados os anéis de árvores centenárias e milenares. Cada anel equivale a mais ou menos um ano de vida daquela árvore, e a espessura, coloração e composição de cada anel dá dicas valiosas de como era o ambiente naquele período, como temperatura, quantidade de CO2 na atmosfera, presença de minerais no solo, entre outros dados.

Outro método muito utilizado é o de escavação de núcleos de gelo, especialmente na Antártida. Como o gelo vai se depositando ano a ano, quanto mais fundo cavar, mais para trás no tempo podemos encontrar bolhas de ar presas no gelo. Geralmente são retirados tubos de até centenas de metros de comprimento para encontrar bolhas referentes a cada período específico, e essas bolhas são verdadeiras cápsulas do tempo eternizadas da composição atmosférica daquele momento.

O que podemos fazer para combater esse recorde de calor?

Como já foi visto que 2023 será o ano mais quente dos últimos 125 mil e se as medidas de redução de impacto climático não forem cumpridas, é muito possível que cada vez mais recordes sejam superados.

Para contornar os efeitos do calor excessivo, podem ser tomadas algumas medidas paliativas, como manter-se sempre hidratado, para evitar a desidratação, evitar fazer exercícios físicos nos momentos mais quentes do dia, o que muitas vezes pode resultar em fadiga e desmaios, manter a pele protegida com filtro solar, para evitar o câncer de pele, e ter sempre à disposição umidificadores de ambiente, para elevar a umidade relativa do ar. Durante o curso na faculdade de enfermagem, é muito alertado sobre os perigos que o ar extremamente seco pode causar nas vias respiratórias, em especial para crianças e idosos, por conta do ressecamento das vias, que pode causar sangramento e aumentar a probabilidade de desenvolver doenças respiratórias.

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