PF desarticula quadrilha que atuava em quatro estados

Redação


A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta feira (04) a Operação Holograma com o objetivo de desarticular organização criminosa especializada na falsificação, distribuição e introdução no comércio de cédulas de Real. Até o momento, sete pessoas foram presas na zona Sul e noroeste de São Paulo. Foram apreendidas três armas, além de equipamentos e materiais usados para a falsificação.

55 policiais cumpriram nove mandados de prisão e dez mandados de busca e apreensão expedidos pela 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo, todos na capital paulista.

A investigação iniciou-se em dezembro de 2011, mas há evidências de que esse grupo agia desde o ano 2000.

O inquérito policial indica que os líderes da quadrilha não só produziam as cédulas, mas também aliciavam pessoas, em geral mulheres, para que elas as realizassem compras de valor baixo em pequenos comércios, entregando o troco e o produto adquirido para os membros da quadrilha, em troca de uma parte do valor obtido. O grupo agia na periferia da capital paulista, em cidades do interior do estado de São Paulo e também na Bahia, Espírito Santo e Paraná.

Os trabalhos apontam que os integrantes da organização criminosa também atuavam de outra maneira, vendendo as cédulas em pacotes, mediante a troca de notas verdadeiras por falsas, numa proporção que varia de 3 a 10 notas falsas por uma verdadeira, dependendo da ocasião e da qualidade.

Os presos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de quadrilha armada, falsificação de moeda, introdução de moeda falsa no comércio e lavagem de dinheiro, com penas que variam de seis meses de detenção a 12 anos de reclusão. Dos nove presos, dois tinham antecedentes criminais por outros crimes como tentativa de homicídio, furto de obras de arte e receptação. Seis já haviam sido presos mais de uma vez por introduzir cédulas falsas no comércio, sendo que um deles já havia sido detido outras cinco vezes por esse crime. Em todos os casos, eles respondiam aos processos em liberdade, haviam sido absolvidos por alegarem desconhecer a falsidade das notas ou já haviam cumprido suas penas. Nenhum estava foragido da Justiça.
 

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