O pedido que há anos era feito pelo setor de florestas plantadas do Paraná deve ser atendido neste mês. A Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) está prestes a abraçar a responsabilidade pelo fomento da silvicultura, assumindo tarefas da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), que ficará com a parte da fiscalização. A mudança agrada ao setor florestal, que pede incentivo ao desenvolvimento da produção de madeira e tenta ampliar seu desempenho.
O secretário da Agricultura do estado, Norberto Ortigara, revela que haverá um departamento para tratar de políticas públicas específicas ao fomento da silvicultura e que a formalização dessa mudança deve ser confirmada nas próximas semanas. “Um grupo está refazendo o desenho da Seab. Acredito que antes do dia 15 o governador deve assinar o decreto de transferência”, diz Ortigara.
A mudança promete oportunidades ao setor – responsável por cerca de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado –, principalmente em relação ao crédito rural e à assistência técnica. “Teremos mais técnicos florestais atuando tanto na Seab como na Emater. Por isso pretendemos abrir um concurso público ainda este ano”, diz Ortigara.
A ideia da Seab é identificar as regiões com maior potencial de expansão de florestas plantadas no estado para alocar esses profissionais. “A madeira pode sofrer apagão se não tiver incentivo. Há uma consciência e interesse no meio rural de aumento do cultivo”, acrescenta o secretário.
Liderança
Segundo a Associação Paranaense das Empresas de Base Florestal (Apre), o estado tem condições de conquistar a liderança no ranking nacional de produção e a meta é dobrar a área plantada para 1,6 milhão de hectares nos próximos 20 anos. O aumento do terreno deve ocorrer principalmente na Região Noroeste, sobre a pecuária de baixa produtividade.
O diretor-executivo da Apre, Carlos Mendes, acredita que, ao assumir a área, a Seab pode ajudar o setor a receber investimentos e atrair novas empresas do segmento. Além disso, há uma expectativa de renovação do fôlego da silvicultura. “No segundo semestre de 2013, as coisas vão voltar mais ou menos ao que era antes de julho de 2008, quando veio a crise de construção de casas dos EUA [principal cliente de madeira do Brasi].
Gazeta do Povo
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