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Da Máxima, preso por homicídio entra no Facebook e faz comentários de festa na cela
Redação
Como quem apenas está de férias ou passando por um período longe da família, Carlos Alexandre Matias Alves, 29 anos, mesmo recluso, não sai do Facebook. E as inúmeras atualizações em seu perfil na internet são feitas de dentro da cela, no Presídio de Segurança Máxima, em Campo Grande, onde ele cumpre pena por homicídio, desde junho deste ano.
No perfil, ele usa o nome um pouco diferente, se identificando como Alexandre Riskado Mathias. Na verdade, ‘riskado’ ou ‘veneno’ seriam os seus apelidos. E fotos que aparentam ter sido feitas no presídio também foram postadas.
No dia 16 de outubro, via celular, ele diz ‘nossa, uma hora dessa e ainda estou acordado...é dia de fervo to di férias’. Tempos depois ele comenta que ‘vai tomar um banho porque vai começar uma festinha regada a cachaça, sendo que o resto é segredo...’
Na última terça-feira (30), um comentário que pode indicar que ‘riskado’ pertence a uma facção criminosa. ‘E bandido farofa na rua tava cãozao agora caio na mao acha q ta no crime e um dia na cai aqui e agora agente ve quem e bravo? Aqui e cadeia do 1533 (código pertencente ao PCC)’.
O acusado possui passagens por desacato e foi preso em flagrante, por violência doméstica no ano de 2009. Dois meses se passou e ele foi solto. No outro ano, mo mês de agosto, matou a tiros Fábio Nery da Silva. Segundo a ocorrência policial, Carlos teria ido trabalhar no Rio de Janeiro, quando ficou sabendo que o amigo estava tendo um relacionamento com a sua esposa.
Logo que retornou a Campo Grande, ele encontrou a vítima em frente a uma conveniência na rua Pontalina, bairro Universitário, no dia 18 de setembro de 2011. No banco do passageiro de um veículo Golf, disparou contra Fábio, que morreu na hora. Após o fato, investigações da Deh (Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios) culminaram na prisão de Carlos.
’Farra dos detentos’
Mas, ao que parece, a sua prisão parece mesmo um período de férias. Assim como ele, a ‘farra’ de outros detentos, que muitas vezes com o celular passam horas na internet, aplicam golpes e também fazem ‘encomendas’ de crimes, já foram amplamente divulgados pela reportagem do Midiamax.
O mais recente estelionato investigado pela Polícia Civil se trata de presidiários, que supostamente se passam por um deputado federal, inclusive repassando o seu CPF (Cadastro de Pessoa Física) para análise da compra. Se aprovada a venda, o preso apenas chamava um comparsa que esteja em liberdade e este retira os produtos da loja.
O Midiamax tentou entrar em contato com a assessoria de comunicação da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), porém, por conta do ponto facultativo decretado na véspera do feriado, não foi possível.
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