Tensão na fronteira faz polícia desencadear operação na região

Extensão de 370 quilômetros está sendo monitorada com barreiras

Da Redação


As forças de segurança pública do Estado realizam uma operação de monitoramento da faixa de fronteira do Brasil com o Paraguai que se estende por 370 quilômetros, entre Sete Quedas e Bela Vista, passando por Ponta Porã. A ação foi desencadeada depois que o investigador da Polícia Civil, Wescley Vasconcelos, foi executado com tiros de fuzil Ak 47 e 7.62 no dia 6, em Ponta Porã. Uma oficial de justiça, cedida para a Polícia Civil, também foi atingida.

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Vasconcelos era um policial que acompanhava as investigações do tráfico de drogas na região e antes de ser morto, tinha colhido depoimento de seis integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no Paraguai. O investigador fazia o elo entre as autoridades brasileiras e paraguaias e tinha constatado que os presos pela polícia do Paraguai eram procurados pela Polícia Federal.

O site “Porã News” divulgou no sábado (10) à noite que durante esta operação especial já foram apreendidas drogas em Amambai, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Antonio João e Bela Vista. As quantidades encontradas não foram divulgadas.

Os policiais que fazem as barreiras também estão em busca de foragidos da Justiça que talvez tentem fugir do país. Esse trabalho está interligado à investigação para identificar os pistoleiros que executaram Wescley Vasconcelos.

Além das apreensões de drogas e busca por foragidos, um homem foi morto na tarde de sábado após troca de tiros em uma tentativa de abordagem. O site “Ponta Porã Informa” divulgou que o confronto aconteceu por volta das 13h de sábado na rua Tamareira com a Xavante, no bairro Residencial Ponta Porã I.

Dois homens receberam ordem de parada dos policiais que faziam fiscalização, mas eles resistiram. Na troca de tiros, um deles foi atingido e morreu no local. O outro ficou ferido e foi encaminhado para o Hospital Regional de Ponta Porã. Além dos policiais civis, participaram da ação, policiais militares do Bope. 

Além das polícias, que realizam operação, o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) acompanham o caso. "O assassinato de um policial civil é uma afronta ao próprio Estado. É preciso elucidar rapidamente o crime e punir os criminosos com o rigor da lei", informou o sindicato em nota.

Fuzil apreendido

O tiroteio na rua Tamareira, em Ponta Porã, aconteceu porque policiais obtiveram informação que no endereço havia uma casa que servia de hospedagem para a facção criminosa PCC. Três homens estavam na residência e foi dada voz de prisão a eles.

Logo depois da abordagem, um dos homens pegou uma bolsa onde estava uma pistola 9 mm com carregador modificado. Ele acabou baleado pelos policiais e levado para o Hospital Regional de Ponta Porã. O estado de saúde do suspeito é estável e ele não corre risco de morte.

Os outros dois foram presos, mas ao chegar na delegacia, segundo o site “Porã News”, um deles reagiu e conseguiu desarmar um policial. Foram feitos disparos contra as equipes dentro da unidade policial. Para conter a ação, o bandido foi alvejado e morreu no hospital, ainda no sábado.

O terceiro indivíduo segue preso em local não informado e será ouvido pelo delegado Márcio Shiro Obara, da delegacia de homicídios, que investiga a morte do investigador Wescley Vasconcelos. Os nomes dos envolvidos no caso não foram divulgados.

Na residência foram encontrados um fuzil AK 47 com duplo carregador, mesmo tipo de armamento utilizado para executar Vasconcelos, e uma pistola 9 mm. Com Correio do Estado

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