Dados da Sinan online, de 20 de fevereiro, apontam que até o momento são 40 notificações e 7 casos confirmados de dengue tipo 2 em Nova Andradina. Este sorotipo é, historicamente, associado à dengue hemorrágica, manifestação mais agressiva da doença quando comparada com outros três sorotipos (sorotipo 1, sorotipo 3 e sorotipo 4).

Nos últimos dias, houve aumento no número de pessoas que procuraram o Hospital Regional e as Estratégias Saúde da Família (ESFs) com sintomas de dengue, zika e chikungunya. Em todos os casos, as unidades recolheram material e encaminharam para análise em laboratório.

A situação também vem se agravando em toda região e no Estado de Mato Grosso do Sul. Preocupado com este avanço diário no número de notificações, a Secretaria Municipal de Saúde vem desenvolvendo uma força tarefa para combater os criadouros do Aedes agypti, causador dessas doenças.

Entre as ações adotadas estão a intensificação dos mutirões nos bairros, bloqueio químico com inseticidas nos casos onde forem encontrados focos do mosquito, vistoria de casas e terrenos baldios.

O secretário da pasta, Arion Aislan pediu o apoio da população na luta contra o mosquito. "A gente não faz nada sozinho. A população tem que colaborar com a limpeza dos seus imóveis, seja residencial ou comercial. O lixo deve ser descartado de forma adequada. A principal medida de prevenção é eliminar os recipientes que propiciam a reprodução do Aedes aegypti", afirma.

O gestor da saúde abordou ainda uma questão pouco difundida e que a maioria dos moradores desconhece. “A população tem uma falsa ideia de quem já pegou dengue, não pega mais. Isso não é verdade. Pelo contrário, a atenção deve ser redobrada”, avalia.

Vale ressaltar que Nova Andradina está classificada com baixa incidência de dengue, ou seja, abaixo de 100 casos por 100.000 habitantes. Segundo balanço enviado a SES, mais de 2080 imóveis foram visitados pela equipe de controle de vetores desde o início de 2019.

O que a população deve fazer para combater o mosquito Aedes Aegypti?

A principal ação que a população tem é se informar, conscientizar e evitar água parada em qualquer local em que ela possa se acumular, em qualquer época do ano. Além do Aedes Aegypti transmitir a Dengue hoje o mosquito tornou-se um dos maiores inimigos da saúde pública por transmitir também o vírus Zika e a Febre do Chikungunya, e as ações de controle do vetor são imprescindíveis!

As principais medidas de prevenção e combate ao Aedes aegypti são:

• Manter bem tampado tonéis, caixas e barris de água;
• Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para
• armazenar água;
• Manter caixas d’agua bem fechadas;
• Remover galhos e folhas de calhas;
• Não deixar água acumulada sobre a laje;
• Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez
• por semana;
• Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;
• Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;
• Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;
• Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
• Acondicionar pneus em locais cobertos;
• Fazer sempre manutenção de piscinas;
• Tampar ralos;
• Colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento;
• Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;
• Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados
• semanalmente;
• Limpar sempre a bandeja do ar condicionado;
• Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem
• esticadas para não acumular água;
• Catar sacos plásticos e lixo do quintal.

Dengue hemorrágica

Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos sintomas de dengue clássica. A diferença é que a febre diminui após o terceiro ou quarto dia da doença e surgem hemorragias em razão do sangramento de pequenos vasos nos órgãos internos.