Dracco apreende helicóptero que realizou pouso forçado em Ponta Porã

A suspeita, até o momento, é que o helicóptero apreendido seria usado no tráfico de drogas

Da Redação


Um piloto de 45 anos foi detido após sair de uma fazenda e fazer o serviço de táxi clandestino. O flagrante ocorreu no momento em que ele fez um pouso forçado nesta quinta-feira (15), alegando que "foi tomar uma água e acabou colidindo em fios de alta tensão", em Ponta Porã.

Logo após tomar conhecimento do sinistro aéreo que culminou no pouso forçado do helicóptero Robinson R66, prefixo PR HMR, equipe do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) deslocou até o Assentamento Itamarati, área rural de Ponta Porã, a fim de averiguação in loco dos fatos. A diligência contou com o fundamental apoio da equipe do 1ª Delegacia de Polícia em Ponta Porã que assegurou a preservação do local até a chegada da Unidade Especializada.

A conjugação das evidências encontradas na aeronave (para-brisa e faróis quebrados, posição do pouso) com as incoerentes, inconsistentes e evasivas versões apresentadas pelo piloto, levou à classificação do sinistro como de natureza criminosa.

Ciente de sua responsabilidade criminal, antes mesmo da chegada da equipe do Dracco, o piloto se encarregou de descartar o GPS do helicóptero e de formatar o smartphone usado para falar com os "patrões" como um ato de desespero na busca por escapar do conhecimento da Especializada.

 

Contudo, essas manobras não impediram a equipe de atribuir à performance implementada pela aeronave, características das narco operações, ou seja, voos baixos para evitar o controle aéreo, ausência de plano de voo, diário de bordo, dentre outros elementos. "Estava tão próximo do solo que o helicóptero atingiu a rede de alta tensão", pontuou a diretora do Dracco, delegada Ana Claudia Medina.

Face às robustas evidências de narco ilícito, o helicóptero foi apreendido e encaminhado, mediante suporte logístico da Delegacia Regional em Dourados, para o hangar do Dracco em Campo Grande, onde será submetido a novos exames periciais.

Esta segue o curso da Operação Ícaro, que é realizada em caráter permanente, na repressão qualificada de crimes aeronáuticos, visando conferir resposta mais enérgica aos ilícitos penais relacionados ao narcotráfico e ao crime organizado, o Dracco foi habilitado a participar da Operação Hórus do Ministério da Justiça.

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