Zona do euro bate recorde histórico com 16,372 milhões de pessoas sem emprego

Redação


A taxa de desemprego na zona do euro permaneceu em 10,3% em novembro, informou a Eurostat, mesmo nível de outubro e em linha com as previsões dos economistas consultados pela Dow Jones. A taxa é a mais alta desde junho de 1998.

O número de pessoas sem emprego, por sua vez, atingiu um novo recorde de 16,372 milhões - nível nunca visto desde que os dados começaram a ser compilados, em janeiro de 1995.

No entanto, as 45 mil pessoas que entraram nas filas de desempregados em novembro representam a menor adição mensal desde junho de 2011, um sinal de que a piora na situação do mercado de trabalho da zona do euro pode estar se desacelerando.

Varejo

As vendas no varejo da zona do euro diminuíram em novembro, destacando os receios sobre uma volta da recessão à região. Segundo a Eurostat, as vendas no varejo caíram 0,8% em novembro ante outubro e 2,5% em comparação com novembro de 2010.

As quedas foram maiores do que as previstas pelos economistas ouvidos pela Dow Jones, que esperavam declínio mensal de 0,4% e anual de 0,8%. A queda anual foi a maior desde setembro de 2009 e o recuo mensal foi o maior desde maio do ano passado.

As vendas no varejo diminuíram na Alemanha e na França, as duas maiores economias da zona do euro, e também em Portugal e na Espanha. Na Irlanda, as vendas subiram 2,0% em termos mensais, mas caíram 0,4% em termos anuais.

Os dados de outubro foram revisados para baixo, para mostrar que as vendas no varejo subiram apenas 0,1% em comparação com setembro, em vez da alta de 0,4% calculada inicialmente.

Confiança

A confiança ao redor da zona do euro se enfraqueceu em dezembro, apesar do período de feriado, em razão das preocupações sobre o ambiente econômico, mostrou uma pesquisa da Comissão Europeia.

O índice de sentimento sobre a economia entre os 17 países que usam o euro recuou pelo 10º mês consecutivo em dezembro, para 93,3, de 93,8 em novembro. O resultado representa o nível mais baixo em mais de um ano, embora ainda esteja 20 pontos acima da mínima recorde de 69,6 registrada em março de 2009. Os economistas esperavam que o índice recuaria para 93,0.

No entanto, o índice de ambiente para negócios, uma medida separada, aumentou pela primeira vez em 10 meses, em linha com a última pesquisa do instituto alemão Ifo. O índice aumentou para -0,31 em dezembro, de -0,42 em novembro, conduzido pela avaliação mais otimista do setor industrial em razão do aumento das encomendas de exportação, afirmou a Comissão Europeia. A melhora do indicador contrariou a previsão dos analistas que esperavam uma leitura de -0,48.

O índice de confiança do consumidor declinou para -21,1, de -20,4 em novembro. A previsão dos economistas era de uma leitura de -21,2.

A confiança entre os produtores de manufaturas ficou estável em -7,1 em dezembro, em relação a novembro, e foi provavelmente sustentada por uma surpreendente resistência do setor industrial alemão. O dado veio um pouco melhor do que as expectativas dos economistas, que esperavam que o indicador recuaria para -7,5.

O setor de serviços foi incrivelmente pessimista, com o índice de confiança cedendo para -2,1 em dezembro, de -1,6 em novembro.

Os setores de varejo e construção também declinaram em dezembro para -11,7 e -25,2, respectivamente, de -11,1 e -25,0. (As informações são da Dow Jones/Estadão) 

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