Em três anos cursos da Agepen qualificaram 1233 reeducandos

Redação


Em três anos, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen/MS) qualificou pelo menos 1233 reeducandos da Capital e do interior dos regimes fechado, aberto e semiaberto. Somente no ano passado 537 custodiados participaram dos diversos cursos profissionalizantes oferecidos pela Agepen nas diversas parcerias. Em 2010 foram qualificados 297 pessoas e em 2009 um total de 399 participantes.

No Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”, na Capital, a Agepen em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (SED) realizou no ano passado a oficina de customização de camisetas com 30 participantes. Já em parceria com a Central de Execução de Penas Alternativas (Cepa) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) promoveram o curso de corte e costura com a participação de 19 reeducandas.

Já no Instituto Penal de Campo Grande, a Cepa e o Senac ofereceram o curso de salgadeiro para 20 participantes, com aulas práticas e teóricas. A capacitação aconteceu no setor de panificação da unidade prisional, com carga horária total de 200 horas aula. No curso, os reeducandos, aprenderam as etapas para o preparo de salgados fritos e assados, assim como noções de higiene, desperdícios e ainda informações sobre como administrar seu próprio negócio.

O objetivo é contribuir para rotina de disciplina nos estabelecimentos penais, e, além disso, criar a oportunidade de uma profissão. “Sei que tem bastante demanda e será uma forma de eu ganhar meu dinheiro honestamente e poder criar meu filho, que mal estou podendo ver crescer”, destacou o interno José Ronaldo Moura, 29 anos, durante a realização do curso de salgadeiro.

Ainda no ano passado, no interior do Estado, os custodiados dos presídios de Aquidauana, Bataguassu, Cassilândia, Corumbá, Dourados, Paranaíba, São Gabriel do Oeste, Três Lagoas e Rio Brilhante receberam diversos cursos profissionalizantes. Entre as oficinas estão a de artesanato – pintura em tecido, cachecol, biscuit - violão e acordeão; de reciclagem de garrafa Peti, corte e costura; instalações elétricas e montagem e manutenção de computadores; inclusão digital; fabricação de produtos de limpeza; manejo de horta; mecânica básica de moto; de eletricista e carpintaria, entre outros.

“Hoje o mercado está muito exigente e para disputar a vaga a pessoa deve ter qualificação. O objetivo da Agepen é dar uma oportunidade profissionalização para garantir lá fora uma um melhor emprego”, justificou a chefe da Divisão de Educação da Agepen, Elaine Arima Xavier Castro. Ela destaca que no Programa Construindo Liberdade, diversas reeducandas aprenderam uma profissão na área de construção civil e deram continuidade fora da unidade penal.

De acordo com a responsável pelo setor de educação, além de ganhar uma profissão, os cursos profissionalizantes agora trazem a remição de parte do tempo de execução da pena com a alteração da Lei de Execução Penal. “Com os cursos de profissionalização há a remição de pena e ainda minimizamos a reincidência. Com a parceria de diversos segmentos estamos realizando os cursos. No Semiaberto Feminino de Campo Grande, por exemplo, a Cepa já abriu neste mês um curso de informática”, disse.

Para oferecer as oficinas, a Agepen conta com a parceria da Cepa, ligada à 2ª Vara de Execução Penal; Sistema S (Senai, Senac e Sesi), Conselho da Comunidade, Sindicato Rural e Coordenadoria de Políticas Públicas para a Mulher.

Assessoria de Imprensa

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