PF rastreia propina de cigarreiros em MS e chega a policiais de São Paulo

Ação mira policiais militares de SP que recebiam propina para deixar carregamentos de cigarros escoarem pelas rodovias paulistas

Campo Grande News


A Polícia Federal cumpriu nesta manhã dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal de Ponta Porã, na 3ª fase da Operação Nepsis. Os endereços a serem vasculhados são em São José do Rio Preto, interior de São Paulo.

Os agentes estão em busca de provas do pagamento de propina para policiais militares do estado vizinho fazerem “vista grossa” para a passagem de carregamentos de cigarros.

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Conforme a apuração, os PMs recebiam entre R$ 70 mil e R$ 120 mil por mês para permitir o escoamento do contrabando do Paraguai. Ex-policial, já expulso da PM de São Paulo, era o intermediário entre lideranças da organização criminosa de Mato Grosso do Sul com o núcleo paulista.

A PF descobriu o esquema em conversas armazenadas nos celulares de integrantes do esquema de contrabando de cigarros presos em setembro do ano passado, na primeira fase da Nepsis. A investigação apura, portanto, crimes de corrupção (ativa e passiva), tráfico de influência e formação de quadrilha.

Segundo a PF, nas duas primeiras fases, a operação identificou um “consórcio de grandes contrabandistas, com a criação de uma sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai”.

Ainda conforme a apuração, a organização está estruturada em dois pilares: o sistema de carregamento e transporte com características de empresa e a cooptação de policiais para participar do esquema. Tanto que nas três fases, a força-tarefa teve policiais militares, civis e PRFs no alvo.

Segundo a mitologia grega, Nepsis é o estado mental de atenção plena. “A operação foi assim batizada em alusão à vigilância necessária para se combater as sofisticadas atividades criminosas ligadas ao contrabando”, informou a PF em nota.

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