O padre Anderson Risseto, 39 anos, foi preso ontem sob suspeita de abusar sexualmente de seis jovens na mansão onde funcionava uma instituição comandada por ele no Morumbi (zona oeste de São Paulo). Ele nega o crime.
A Justiça decretou a prisão temporária por cinco dias do padre.
O pároco era investigado desde o ano passado, quando o Ministério Público recebeu uma denúncia anônima. Policiais civis do 15º DP (Itaim Bibi) conseguiram localizar as vítimas.
"Os jovens deram detalhes dos abusos sexuais que sofriam. Um deles disse que era obrigado a manter relações sexuais com ele desde os 11 anos", disse o delegado Paul Verduraz.
As testemunhas, que têm entre 15 e 18 anos, disseram em depoimento que o padre promovia festas regadas a álcool dentro da casa.
De acordo com o delegado, Risseto obrigava as vítimas a dormir na cama dele e tomar banho com o padre. No quarto dele foi encontrado material pornográfico.
A Diocese de Campo Limpo informou que, em junho, o padre foi suspenso, não podendo exercer funções sacerdotais desde então.
Em 2010, ele mesmo havia pedido renúncia à igreja para se dedicar à comunidade.
Abordado por jornalistas, ele não quis dar entrevistas. À polícia ele disse que a denúncia é uma retaliação de jovens que foram expulsos da entidade. Afirmou ainda que o material pornográfico achado na casa era dos jovens. Ele responderá por estupro de vulnerável.
Histórico
Nascido em Santa Bárbara D'Oeste, Risseto é padre há seis anos e fundou a Comunidade Advento, mantida com doações, em 2008.
Ali ele acolhia cerca de 20 jovens carentes.
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