Quebra de safra de soja do Brasil trava negociações

Reuters


A colheita do país já foi estimada acima de 90 milhões de toneladas, mas agora é vista na casa de 87-88 milhões de toneladas. Na quarta-feira, a empresa de previsão de safras Thomson Reuters Lanworth, com sede em Chicago, reduziu sua estimativa de safra para 87,7 milhões de toneladas, ante 90,2 milhões da estimativa de quinze dias atrás.

Fundamentos de alta

As incertezas sobre a safra brasileira são um dos fatores que ajudam a sustentar os preços no mercado interno. Os preços ao produtor em Sorriso (MT), por exemplo, acumularam alta de quase 9 por cento ao longo de fevereiro, segundo dados do Cepea.

"Teoricamente, o mercado interno mais firme estimularia negócios, mas não está acontecendo", disse Cachia.

Para os analistas, os produtores estão de olho nos fundamentos de mercado, que apontam para preços ainda melhores nas próximas semanas, devido a forte demanda chinesa por soja no mercado internacional -- o que ajuda a sustentar os preços na bolsa de Chicago -- e a um câmbio amplamente favorável à conversão dos dólares das exportações em reais.

"Todo mundo se 'antenou' agora, porque o mercado tem mais para subir do que para cair. O produtor vai ganhar vendendo tarde", disse Birkhan.

Estados como Mato Grosso, maior produtor nacional e onde a colheita está bem avançada, normalmente registram uma comercialização acima da média nacional.

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