Apesar da limitação orçamentária, Semec pretende diversificar calendário cultural

Finalidade é atender públicos variados

Glaucia Piovesan, Da Redação


Com uma previsão orçamentária de R$ 96 mil para o setor de cultura no ano de 2017, a Semec (Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte) de Nova Andradina deve manter os eventos tradicionais e diversificar o calendário cultural com a finalidade de atender um público maior, de diversas idades e classes sociais.

Todas as atividades culturais estão sendo articuladas junto com a Funac (Fundação Nova-Andradinense de Cultura) e o Conselho Municipal de Cultura. Após reunião com a participação de representantes desses órgãos ficou definido um pré-calendário com programações até o final deste ano.

Estão mantidos eventos como a Fejuna, Fetran (Festival Estudantil Temático de Trânsito), Pedalada pela Vida e Desfile de 7 de Setembro, com algumas inovações. Já o Festival de Bandas e Fanfarras, que teve sua 8ª e última edição em 2015, não deve ocorrer, pelo menos, não nos moldes como vinha sendo feito.

De acordo com o secretário, Fábio Zanata, os custos são muito altos para a administração pública, já que a vinda das bandas é totalmente financiada com recursos municipais. “Para trazer uma banda temos que arcar com transporte, alimentação e estadia. Isso fica inviável. Talvez se as bandas convidadas bancarem o transporte poderemos reavaliar a situação. Por enquanto, não faz parte do calendário de 2017”, confirma.

Novidades

Entre as novidades estão a criação da Semana do Cinema (com apresentação de filmes ao ar livre), promoção de concurso de fotografias da natureza (ideia inicial seria fotos de Ipês), novo formato para o Canta Nova (com premiação, porém, mais sintético e regionalizado, dando prioridade para os músicos da região do Vale do Ivinhema) e a implantação de aulas de teatro, violão, coral, artesanato, entre outras. Alguns novos projetos estão ou já foram executados como a realização do carnaval e o concurso de fotografias com a temática das mães.

Festival de Bandas e Fanfarras não deve ocorrer nesse ano, diz Fábio Zanata, secretário da Semec – Foto: Luis Gustavo/Jornal da Nova

Para ampliar a gama de eventos oferecidos a população, o município está buscando parcerias com os governos Estadual e Federal. “A folha de pagamento da Semec é muito grande, então, priorizamos o pagamento dos salários e benefícios dos servidores. A expectativa é que a arrecadação melhore, mas enquanto isso não acontece temos que lidar com as limitações. Estivemos na Secretaria Estadual de Cultura e vimos que existem recursos para diversos projetos de teatro e cinema, por exemplo. Então, estamos em fase de elaboração desses projetos para aprovação”, avisa o secretário.

Apoio Cultural

Com relação ao apoio cultural para grupos e pessoas que representam Nova Andradina em competições, Zanata disse que o governo municipal tem as portas abertas para os artistas, porém, sempre com atenção as limitações orçamentárias e a legislação. “Com a nova lei de licitações não é qualquer projeto que podemos apoiar. Então, esses projetos devem ser apresentados na Semec e faremos a análise jurídica de viabilidade. Antigamente, isso era feito através de convênios, hoje, isso não é mais possível”, explica.

A cultura na visão da administração

Na análise de Zanata, ainda é preciso avançar bastante neste setor. A Funac está estruturada e o Conselho Municipal de Cultura em funcionamento, com pessoas ligadas diretamente a cultura.

“A expectativa é que esses órgãos nos ajudem a dar uma ‘guinada’ na área cultural. Por outro lado, neste contato que tivemos com a secretaria estadual a expectativa é que Nova Andradina torne-se uma cidade parceira e nós pretendemos contar com essa parceria”, disse, lembrando que neste final de semana a peça teatral ‘Os Três Porquinhos’, com artistas locais, estará na capital para uma apresentação num evento do governo do Estado.

Planejamento e calendário de 2018 estarão prontos até o final do ano – Foto: Luis Gustavo/Jornal da Nova

Para o secretário, o público que curte peças de teatro, apresentações de dança e outras expressões artísticas-culturais é pequeno, contudo, é necessário respeitar e promover o acesso a todos as formas de cultura. “Mesmo que fragmentada, temos que atender aos diversos públicos, que é muito exigente, tem conhecimento e merece atividades de qualidade”, ressalta o professor Fábio. 

Finalmente, a Semec pretende fazer um planejamento e definir o calendário de 2018 até o final deste ano.

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