Porque devemos acabar com os ''muros'' das empresas

Mudanças de gerações, mudanças tecnológicas, mudanças. Os seres humanos não gostam de mudanças, mas também não suportam a estagnação. Como acabar com esse paradoxo? A resolução é simples, as pessoas gostam de mudar os seus hábitos\ações desde que se sintam seguras. Ou seja, é o medo que as impactam. E isso acontece principalmente no ambiente de trabalho.

Estruturas empresariais muito rígidas, com os famosos “muros” entre gestores e colaboradores, tendem a inserir o medo no dia a dia. O que faz com que a solução de problemas e o relacionamento entre os pares se torne difícil. Na era digital em que todos têm acesso livre a vida de qualquer pessoa estabelecer uma individualidade no trabalho pode ser um ganho para o funcionário e para a empresa. O ponto é que individualidade não é o oposto de grupo. Na realidade o grupo é a composição desses vários indivíduos.

E é neste momento em que os “muros” devem ser derrubados. Ou seja, fazer este colaborador se enxergar, quais os seus pontos fortes e fracos, e entregar um clima organizacional que vai ao encontro dessa identidade que ele busca será de grande ganho para a companhia. Pois, dessa forma, você o fará sair da zona de conforto, porém entregando segurança.

Todo e qualquer negócio, seja lá qual for o nicho, precisa sair do comum. Uma pesquisa recente mostra que o CEO das instituições impactam 22% do quadro de funcionários. Esses dados foram analisados em uma mudança de cadeiras de presidentes. Ou seja, os gestores que devem ser o espelho do criador, interferem no restante da porcentagem. Logo, o sair do comum deve ser feito por todos da empresa. Se envolve todos, sem exceção, como haver “muros”? E esses muros não são apenas figurativos.

Ainda há muitas empresas que dividem os funcionários por funções, em salas separadas. As estruturas horizontais vêm mostrar o oposto disso. Quando reúne, geralmente, em um mesmo espaço, profissionais com diversas funções e cargos hierárquicos. Essa troca faz com que o trabalho do colaborador se torne mais produtivo. Outro ponto a ser destacado é que há muitos negócios que funcionam com funcionários e parceiros longes fisicamente. E que mesmo assim nunca estiveram tão engajados e com sentimento de pertencimento.

Ou seja, a tecnologia nos traz uma nova forma de trabalhar. Em que “muros”, assim como o de Berlim, já não fazem o menor sentido.

*Especialista em carreira\educação e Diretor Nacional da Minds Idiomas