Denúncia da JBS é retaliação por cobrança de impostos, explica Reinaldo

Reinaldo afirmou que o grupo pagava poucos tributos e fez a delação após um embate com o Governo do Estado

Da Redação


Após uma operação midiática da Polícia Federal, o governador Reinaldo Azambuja teve a oportunidade de apresentar os esclarecimentos sobre as denúncias feitas por delatores da holding J&F, que controla a JBS. Ele explicou que denúncias de Joesley e Wesley Batista foram uma retaliação à nova política de cobrança de impostos em Mato Grosso do Sul. 

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“É momento de restabelecer a verdade para a população de Mato Grosso do Sul. Esse grupo [JBS] roubou o Brasil. Desviaram recursos em muitos estados brasileiros. E fizeram uma delação. Essa delação, inclusive que foi homologada pelo Ministério Público Federal, foi questionada pelo próprio Ministério Público, pedindo a anulação. Esse pessoal [JBS] era mal acostumado aqui em Mato Grosso do Sul. Eles tinham benefícios fiscais e pagavam poucos tribunos aqui no Estado. E nós enquadramos ele como enquadramos todas as cadeias produtivas”, disse o governador Reinaldo Azambuja, que concedeu entrevista à TV Morena, nesta quinta-feira (13), para restabelecer a verdade e contar as propostas de campanha para o próximo mandato.

Reinaldo afirmou que o grupo pagava poucos tributos e fez a delação após um embate com o Governo do Estado, que acabou com os privilégios da empresa. “Nós igualamos os benefícios fiscais do grupo JBS, da holding H&F, [com os de outros frigoríficos] e posso dizer, com muita tranquilidade: eles saíram de R$ 41 milhões/ano, que pagavam até 2014, e no último ano, em 2017, pagaram R$ 199 milhões de tributos”, afirmou. Hoje, Mato Grosso do Sul tem o melhor programa de incentivos fiscais de todo Brasil.

A partir daí, a JBS deu início a uma campanha suja e mesquinha contra o Governo. “Nós tivemos ali momentos extremamente tensos: ameaçaram fechar plantas, fecharam em Coxim, fecharam em Iguatemi, colocaram funcionários ali na Assembleia Legislativa quando o Estado pressionou a mudança dos incentivos fiscais, e nós enquadramos eles para pagar mais impostos”.

Na quarta-feira (12), Reinaldo finalmente pode prestar depoimento na Polícia Federal. Ele respondeu a 34 perguntas. Há 1 ano e meio, ele aguardava a oportunidade de se defender no processo. “Eu queria falar, nunca tinham me dado a oportunidade”, contou. Líder das pesquisas de intenção de voto, ele estranhou o fato de a operação policial acontecer a apenas 20 dias da eleição. “Poderiam ouvir todos antes. Inverteram a situação: primeiro prendem e depois investigam”.

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