''Empurra-empurra'' ameaça vida de macacos em APP da Vila Beatriz

Moradores têm ajudado animais a sobreviver, mas ausência de políticas públicas agrava situação e caminha para perto da extinção

Da Redação


O jogo de “empurra-empurra” entre diferentes órgãos públicos tem ameaçado a vida dos macacos pregos que vivem na Área de Preservação Permanente (APP) da Vila Beatriz, em Nova Andradina.

É o que aponta os moradores da região, que procuraram o Jornal da Nova para expor a situação. Na tentativa de manter a vida dos animais, eles disponibilizam água e comida, apesar da recomendação contrária.

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Alguns moradores alimentam diariamente os animais e pediram aos vereadores a limpeza do local, que feita essa semana. Também foi pedido junto a Prefeitura, um reflorestamento com árvores frutíferas. “Falta muita estrutura e para conseguir deixar os macacos vivos a gente ajuda com água e comida, mesmo sabendo que não é recomendado, mas essa solidariedade é o que tem ajudado eles a ficarem vivos”, relata um morador da região.

Outro munícipe que reside no bairro acrescenta que a mata já não possui os mantimentos necessários para a vida dos animais. Outro agravante está no lixo que é depositado irregularmente no local, além da constante presença de usuários de drogas.

Atualmente, a Área de Preservação Permanente abriga cerca de 30 macacos, mas o número tende a cair, visto que alguns já morreram por falta de alimentação. Apesar do apoio dos nova-andradinenses, há o receio por doenças que podem ser transmitidas pelos animais e queimadas.

O Jornal da Nova entrou em contato com a PMA (Polícia Militar Ambiental), sediada em Batayporã, e o comandante Anderson Reis disse que já acionou a Promotoria de Justiça responsável pelo meio ambiente.

 Macacos estão se alimentando daquilo que a população leva - Foto: Jornal da Nova

Também entramos em contato com o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) de Mato Grosso do Sul, no entanto, fomos informados de que a responsabilidade seria do IMASUL (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), mas até o momento não obtivemos retorno do instituto.

O Jornal da Nova entrou ainda em contato com a Prefeitura de Nova Andradina e aguarda uma manifestação do Executivo municipal. 

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