Cidades & Região / Nova Andradina
Impasse sobre posse da ''matinha'' inviabiliza ações públicas em APP do Horto Florestal
Esperança agora está no Ministério Público Estadual; PMA já oficiou MPE para providências
Da Redação
Um impasse sobre a posse definitiva da “matinha” onde mais de sessenta macacos vivem na região do bairro Horto Florestal e Vila Beatriz é a provável “desculpa” para que ações do poder público não prosperem na localidade.
Após o Jornal da Nova mostrar o “jogo de empurra-empurra” sobre o caso, recebemos a informação de que a omissão decorreria da falta de legitimidade do poder público para atuar na região.
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Isso porque, apesar de a localidade ser declarada, por meio de decreto, como APP (Área de Preservação Permanente) desde a gestão do ex-prefeito Luiz Carlos Ortega, o proprietário jamais foi indenizado, proporcionando um ambiente de insegurança jurídica.
O comandante da PMA (Polícia Militar Ambiental) de Batayporã, sargento Anderson Reis, afirmou que já oficiou o MPE (Ministério Público Estadual) e acredita na ação do órgão para, enfim, garantir um desfecho.
Além da Promotoria, o militar afirmou que também enviou ofícios para o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), porém, a esperança segue com a atuação do MPE, uma vez que, sem a indenização da área, o terreno, em tese, poderia ser devolvido ao proprietário.
No último dia (18), fiscais do Ibama estiveram em Nova Andradina verificando uma erosão de grandes proporções, na Vila Beatriz, próximo à APP. O órgão federal foi acionado por se tratar de um local onde há fragmentos da vegetação característica da Mata Atlântica.
O Jornal da Nova acompanhou os trabalhos, ocasião em que a reportagem informou os agentes sobre a existência dos macacos. Os fiscais demonstraram surpresa com a quantidade de animais em um local tão próximo a residências e em contato com humanos.
Na oportunidade, foi relatado aos profissionais que os animais não têm comida e água, e que a alimentação estava sendo feita pela população. O risco de doenças pelo contato também foi destacado.
Os fiscais disseram à reportagem que encaminhariam o caso para a chefia em Campo Grande.
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