O engenheiro Elias Abdo Filho, dono da IACON Engenharia de Curitiba (PR), empreiteira responsável pela construção da ponte sob o Córrego Umbaracá, no contorno rodoviário de Nova Andradina, visitou o que restou da estrutura, isentou a empresa e reafirmou que não haverá cobertura de garantia para refazer a obra.

O motivo, segundo ele, se deve ao fato de a queda não ter sido motivada por falhas na execução do projeto para o qual foram contratados. “O principal problema foi a concepção da ponte. Ela tinha que ter, no mínimo, de 25 a 30 metros. Pelo volume de água, é que nem você querer passar um elefante no buraco da agulha. Vai estourar em algum lugar”, comparou.

Leia também

|Dono de empreiteira já teve mandado de prisão temporária expedida pela Lava-Jato

|De férias coletivas, empresa ainda programa visita a Nova Andradina para verificar ponte caída

|Em sessão, vereadores se calam sobre queda de ponte inaugurada ano passado

|Secretário diz que processo erosivo pode ter contribuído em queda de ponte

|''Foi um desastre'', diz Gilberto sobre queda de ponte no anel viário

|Caminhão quase caiu junto com ponte do anel viário em Nova Andradina

|Secretário tranquiliza motoristas e anuncia reparos na estrutura da ponte do anel viário

|Acesso ao anel viário está interditado para o tráfego de veículos

|Recém-inaugurada ''saia'' da ponte que custou quase R$ 1 milhão desaba em Nova Andradina

|Nova alça do Anel Rodoviário de Nova Andradina é liberada para tráfego

|Prefeitura de Nova Andradina crava inauguração para liberar tráfego no anel viário

“Estávamos limitados para fazer uma ponte de 12 metros e fizemos uma ponte de 12 metros.  O convênio tinha um limite, o projeto era esse é foi o que executamos. Já havia um pré-projeto e nós viemos só para executar, então garantia só se fossem problemas na estrutura do projeto que nós executamos”, afirmou ao Jornal da Nova.

Na mesma linha, o secretário municipal de Infraestrutura, Julio Cesar Castro Marques, reforçou que “problemas estruturais a obra nunca teve”, mas, por outro lado, disse que vai aguardar o resultado dos laudos e da perícia antes de cravar se a empreiteira possui ou não responsabilidade.

Paralelamente, ele disse que a Prefeitura trabalha em três frentes visando uma solução. “O primeiro estudo é para ver se é viável recuperar a ponte, o outro sobre a possibilidade de construir uma ponte nova, de 25 a 30 metros, e a terceiro para recuperar todo o processo erosivo dessa região, pois não adianta resolver a ponte se não resolver a erosão”, afirmou.  

Em relação a prazos, o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura de Nova Andradina foi categórico: “a obra em si é rápida, mas depende de recursos”.

Ainda segundo o secretário, o recurso de quase R$ 1 milhão veio do Ministério da Integração Nacional em atenção ao Decreto de Calamidade Pública de 2015. Esse valor é fixado pelo governo federal a fazer um projeto de 12 metros, sem poder acrescentar recursos municipal e estadual. “Estávamos limitados a esse projeto, a obra foi fiscalizada o tempo todo, pode ver que a estrutura da ponte não foi afetada”, frisou.

O titular da pasta ainda disse a reportagem que os pilares têm uma fundação de 14 metros e com ferros apropriados para suportar a obra.