Operação que investiga morte de jornalista prendeu 10 pessoas no Paraguai

Ação acontece desde a madrugada deste sábado (22), em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã

Da Redação


Pelo menos 10 pessoas foram presas na madrugada deste sábado (22), durante a “Operação Alba” que apura o assassinato do jornalista Lourenço Veras, de 52 anos, o Léo Veras, ocorrido no último dia 12, em Pedro Juan Caballero (Paraguai). Os trabalhos foram realizados por policiais de diversas forças de segurança incluindo investigadores e agentes que foram mandados de Assunção pelo Ministério da Justiça do Paraguai.

Entre os presos estão brasileiros e paraguaios e um boliviano que teriam ligação direta no assassinato do jornalista morto com cerca de 12 tiros de pistola e fuzil quando jantava com a família em um bairro da periferia da capital do Departamento de Amambay.

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Durante a operação foram apreendidas armas, munições, celulares, veículos entre eles um Jeep/Renegade que pode ter sido usado pelos pistoleiros na execução de Léo Veras e que foi visto por testemunhas no local do crime. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos ontem (21) pelo juiz Criminal de Assunção Humberto Otazu e atingiu diversas casas em diferentes bairros de Pedro Juan Caballero e também localizadas da zona rural do município.

Foram presos os paraguaios Arnaldo Colman, de 32 anos, que estava no regime semiaberto condenado por assalto e pensão alimentícia, Anderson Rios Vilhalva, de 31 anos, Paulo Sespedes Oliveira, de 40 anos, Oscar Duarte, de 30 anos, Marcos Aurélio Vernequez Santa Cruz, de 31 anos e Cintya Raquel Pereira Leite. Os brasileiros presos são Luís Fernando Leite Nunes, Sanção de Souza, Leonardo de Souza Conceição e o boliviano Juan Vicente Jaime Camargo.

Foram aprendidos cinco veículos entre eles um Jeep/Renegade cor branca, com placas do Paraguai, que teria sido usado pelos criminosos na execução do jornalista. Também foram encontradas quatro pistolas calibres 9 milímetros, dois revólveres, uma escopeta, seis carregadores, munições de diversos calibres e uma réplica de pistola. Além de telefones celulares, diversos documentos e anotações, equipamentos de gravação, câmeras fotográficas e certa quantidade de dinheiro.

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Um dos responsáveis pela investigação, Frederico Delfino, disse durante a coletiva de imprensa desta manhã, que seria uma irresponsabilidade atribuir o crime a qualquer das organizações criminosas que agem na fronteira, mas que o trabalho está sendo feito para chegar aos executores e também aos mandantes da morte de Léo Veras e de outros crimes ocorridos na fronteira.

Delfino disse também que o trabalho vem sendo feito em cooperação com a polícia do Brasil e com autoridades judiciais brasileiras e que os aparelhos celulares apreendidos passarão por pericias assim com as armas apreendidas para saber se algum tiro disparado contra Veras partiu de alguma delas. Com informações do “MS em Foco”.

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