Comandante da PM é preso em nova fase de operação contra máfia do cigarro

Gaeco cumpriu em Dourados a prisão do tenente-coronel Carlos Silva

Da Redação


A ação que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) faz nesta sexta-feira (15) é desmembramento da Operação Oiketikus, iniciada em maio de 2018 para desmontar o esquema envolvendo policiais civis e militares de Mato Grosso do Sul com as quadrilhas que comandam o contrabando de cigarro paraguaio na Linha Internacional.

O “Campo Grande News” apurou que o comandante do 3ª Batalhão da Polícia Militar em Dourados, foi preso nesta manhã. Além do mandado de prisão preventiva do tenente-coronel Carlos Silva, agentes do Gaeco fizeram buscas na casa dele, localizada no Jardim Santa Fé, região oeste da cidade.

Integrante do alto comando da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) confirmou ao “Campo Grande News” que há mandado de prisão preventiva contra Carlos Silva. A Corregedoria da PM acompanha a ação.

Agentes fardados e um promotor de Justiça deixaram a casa levando pastas com documentos, mas Carlos Silva não foi visto no local. Na Polícia Militar de Mato Grosso do Sul desde fevereiro de 1994, Carlos Silva comandou a PM em Rio Brilhante antes de ir para Dourados, onde chefiou a Rádio Patrulha e a Rotai e ajudou a implantar o Getam (grupo de motos) e o canil.

 O tenente-coronel Carlos Silva - Foto: Arquivo/PMMS

Em janeiro do ano passado, o “Campo Grande News” mostrou a ligação da máfia do cigarro baseada em Salto Del Guairá, no Paraguai, com policiais militares de Dourados. Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça Federal revelaram que chefes das quadrilhas de cigarreiros interferiam até na escala de plantão do 3º Batalhão, para colocar policiais aliados nos dias em que passariam os caminhões com cigarro contrabandeado.

Oiketikus é uma praga conhecida como "bicho-do-cesto", que ataca plantações quando está na fase de larva, antes de se transformar em uma mariposa. Analisa-se, a partir dessa comparação, que a intenção da operação deverá ser coibir os atos criminosos dentro das corporações, antes que se desenvolvam em casos mais graves de corrupção.

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