PF investiga desvio de R$ 60 milhões em esquema com empréstimos consignados em Corumbá

A ação investiga um esquema de desvio de recursos públicos entre 2008 e 2013

Da Redação


A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (15), a Operação Cornucópia II, que investiga um esquema de desvios de recursos públicos executado dentro da prefeitura de Corumbá, entre os anos de 2008 e 2013.

Aproximadamente 30 policiais federais cumprem sete mandados de busca e apreensão, sendo seis em Corumbá e um na capital Campo Grande, nas residências dos indiciados que integravam a cúpula da organização criminosa investigada.

O esquema criminoso consistia no aumento ilegal da folha de pagamento de servidores cooptados pela organização criminosa com consequente aumento na margem para contratação de empréstimos consignados. Os empréstimos eram aprovados e, posteriormente, os valores eram sacados na rede bancária e repassados à cúpula da organização criminosa, gerando prejuízo cofres públicos. A equipe de investigação apurou que o montante obtido ilegalmente tenha alcançado mais de R$ 60 milhões.

Os alvos da operação responderão pelos crimes de peculato e associação criminosa.

A Polícia Federal ressalta que, em razão da situação de pandemia da Covid-19, foi planejada uma logística especial de prevenção ao contágio, com distribuição de EPIs a todos os envolvidos na missão, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas, investigados e seus familiares.

Nome da ação

De acordo com a PF, o nome da operação Coronucópia é uma alusão a ao símbolo da abundância na mitologia grega e faz referência riqueza supostamente obtida pelos envolvidos, além da abundância de recursos públicos disponibilizados de forma ilícita.

Operação Cornucópia I

Na operação cornucópia I, foi indiciada a cúpula da organização criminosa. À época, houve prisões preventivas, o IPL foi relatado e instaurou-se a Operação Cornucópia II, cujo principal objetivo foi o sequestro de bens para ressarcir o erário, bem como como investigar outros 101 servidores que foram cooptados pelo grupo para realizarem os consignados, estes todos indiciados na Cornucópia II.

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