Com aglomerações frequentes, população ignora riscos da covid-19 e número de casos bate recorde

Theresa Hilca, Subcom


Foram mais 1,650 novos casos de coronavírus e 63 óbitos nas últimas 24 horas, de acordo com o Boletim Oficial da Secretaria de Estado de Saúde desta segunda-feira (7), que trouxe novo recorde histórico da pandemia.

“Estamos vivendo situação dramática. A doença está avançando no Estado e estamos aquém da capacidade de internação”, disse o secretário Geraldo Resende, explicando que pacientes já estão sendo enviados para outros Estados. Das 10 vagas oferecidas por Rondônia, 9 já foram ocupadas por sul-mato-grossenses.

O Estado de São Paulo também disponibilizou mais 10 vagas de leitos de UTI, e 5 pacientes já foram transferidos no domingo e outros 5 pessoas serão encaminhadas ainda hoje. A prefeitura de São Bernardo do Campo também ofereceu cinco leitos de UTI e mais 5 leitos clínicos.

Resende fez apelo aos cidadãos e cidadãs do MS para que entendam a gravidade do momento. “É preciso tocar a consciência dos sul-mato-grossenses”, declarou. Ainda segundo ele, os números desta segunda feira são altíssimos e ainda podem ser maiores, devido ao feriado prolongado.

A média móvel de casos nos últimos 7 dias foi para 1, 783,4 e a taxa de contágio subiu para 1,14. Total de casos no Estado é de 303.209, sendo 22,817 casos ativos. Estão recuperados cerca de 274,114 pacientes. Ainda restam 8.655 exames no Lacen e 8.655 casos sem encerramento no sistema dos municípios.

Os cinco municípios com maior número de casos nas últimas 24 horas são: Campo Grande com +650; Dourados +121; Ponta Porã +109; Caarapó +79; Três Lagoas + 75.

A capital do Estado, com alta taxa de transmissibilidade, é motivo de muita preocupação para gestores e autoridades sanitárias, de acordo com a secretaria adjunta, Christine Maymone. “As pessoas estão vivendo como se não houvesse uma Pandemia”, reclamou.

Taxa de letalidade alta e óbitos em 21 municípios

Infelizmente o número de mortes registrado hoje é de 63 pessoas mais 21 em investigação. Foram 331 vidas perdidas nos últimos 7 dias elevando a média móvel para 52,9 e a taxa de letalidade em 2,3.

Com registro de quase 3 mil mortes no total, Campo Grande registrou mais 27 óbitos nesta segunda-feira. Dourados perdeu 9 pessoas; Ponta Porã 4, Três Lagoas 3, Amambai, Coronel Sapucaia e Naviraí registram 2 óbitos em cada município.

Mas 14 municípios registram 1 óbito em cada. São eles: Bela Vista Bonito, Cassilândia, Corumbá, Deodápolis, Guia Lopes da Laguna, Itaquirai, Japoa, Maracaju, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Porto Murtinho, Terenos e Vicentina.

Estão internados na rede hospitalar 1.303 pacientes. Desses, 751 estão em leitos clínicos (575 públicos e 176 privados) e 552 em leitos de UTI (425 públicos e 127 privados).

A taxa de ocupação de leitos SUS/UTI está acima de 100% em 3 das 4 macrorregiões do Estado. Na macrorregião de Campo Grande a ocupação é de 108%, Dourados 104%. Três Lagoas 109% e Corumbá com 100%.

Durante a live de hoje, a doutora Christine Maymone chamou a atenção também para a variante em circulação que é mais grave e mais transmissível, sobretudo na faixa etária que vai de 20 a 49 anos de idade. E também fez um apelo dramático: “Esqueçam a palavra aglomeração. Se continuarmos neste ritmo não haverá mais lugar nem para enterrar nossos mortos”, finalizou.

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