Denúncia de violência doméstica leva Força Tática a apreender armas no Angico

Um homem, de 52 anos, está sendo acusado de fazer tortura psicológica e física contra sua mulher, de 32 anos, no Assentamento Angico, região de Nova Casa Verde, distrito a 56 quilômetros de Nova Andradina.  A ação ocorreu em virtude da Operação Hórus, parceria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A Força Tática do 8º Batalhão de Polícia Militar recebeu, por meio do “Disque Denúncia 181” - https://www.181.ms.gov.br/ -, ferramenta destinada ao público para realizar denúncias de forma anônima, onde relatava que o suspeito possuía armas de caça, munições e drogas que ficam guardadas na lavandaria, repassando ainda que a sua esposa sofria violência física e psicológica.

Ainda segundo a denúncia, a vizinhança havia notado que a mulher não era mais vista há alguns dias e que poderia estar em cárcere privado no sítio localizado no Assentamento Angico.

Diante das informações, os policiais realizaram diligências no endereço informado e localizaram a mulher sozinha na residência.

Os militares questionaram sobre as agressões, mas a mulher entrou em contradição por diversas vezes, ora afirma que ocorria apenas empurrão, ora afirma que não ocorria nenhum tipo de violência, mas uma testemunha, de 62 anos, informou que são constantes as ameaças de homem contra a vítima.

A equipe também perguntou sobre armas de fogo na residência, ela apontou onde estava o armamento e autorizou as buscas no imóvel.

Os policiais localizaram uma espingarda de alma lisa cano de 36, alimentação de retro carga, vulgo rabo-de-cotia ou chumbeira, sem marca aparente, uma espingarda de pressão no calibre 4.5 mm sem marca aparente, 10 munições de calibre 22 e um invólucro contendo chumbos de recarga de diversos gauge.

Após apreensão dos objetos, os militares realizaram diligências pela localidade, mas o suspeito não foi encontrado.

A mulher foi conduzida para a DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) em Nova Andradina, para que receba atendimento especializado sobre o fato da violência doméstica, pois a denúncia registrada foi muito precisa em relação ao detalhamento da localização das armas, levando a credibilidade da denúncia de violência e cárcere privado sofrido pela vítima.