Vacinação completa impediu 97% de mortes por Covid-19 de janeiro a julho no país

Estudo da Info Tracker apontou que apenas 3% dos óbitos para o período foram registrados entre pessoas vacinadas

CNN Brasil


Um estudo da ferramenta Info Tracker da USP e da Unesp apontou que a imunização completa contra a Covid-19 – com as duas doses – impediu 97% das mortes de janeiro a julho pela doença.

Em entrevista à “CNN Rádio”, o pesquisador e coordenador do Info Tracker, Wallace Casaca, analisou o resultado: “O número de óbitos entre as pessoas imunizadas por completo é substancialmente menor. A vacina, embora não seja 100% efetiva, é muita próxima disso, confere um grau de proteção muito elevado.”

“As vacinas são muito próximas de serem perfeitas”, completou.

Os dados brutos são retirados do Ministério da Saúde, que reúne todas as internações que foram realizadas no Brasil. A pesquisa, então, fez o recorte entre as pessoas que tomaram a vacina.

Wallace ainda disse que os idosos acima de 70 anos aparecem em maior número entre as vítimas que já estavam imunizadas. Ele explica que há motivos para isso acontecer: “As faixas etárias mais jovens ainda estão no processo de se vacinar e, assim, os idosos vão aparecer mais.”

Paralelamente, ele afirma que apesar as alta prevalência de idosos entre os plenamente imunizados, o número de óbitos e internações é o maior deste grupo, em torno de 7%.

Ele avalia que os dados do estudo podem apontar para uma eventual necessidade de terceira dose. “O processo dinâmico, é importante debater a possibilidade de uma terceira dose”, disse.

No entanto, ele reforça que neste momento ainda não há vacinas a toque de caixa, disponíveis para reforçar a imunização de idosos ao mesmo tempo em que se avance nas demais faixas etárias.

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