Rei do Pitaco consegue R$ 180 milhões apenas na primeira rodada de captação de investimentos

Da Redação


O Rei do Pitaco, sportstech proprietária do fantasy game de futebol com o mesmo nome, revelou recentemente que recebeu um aporte de US$ 32 milhões (cerca de R$ 180 milhões) para incrementar sua tecnologia e expandir sua base de usuários antes do início da Copa do Mundo do Qatar.

A rodada de aportes foi liderada pelo D1 Capital Partners e assessorada pela Left Lane Capital, Kaszek e Bullpen Capital. Além disso, a Globo Ventures (empresa do Grupo Globo, proprietário do fantasy game Cartola) também participou do investimento.

O aporte de US$ 32 milhões chegou pouco mais de oito meses depois da companhia receber um investimento de US$ 6 milhões, que garantiu ao Rei do Pitaco o desenvolvimento do seu produto, assim como o aumento em 600% na sua base de usuários. Com isso, a startup de São Paulo tem se especializado em um fantasy game de futebol com apostas de pequeno prazo e premiações em dinheiro.

Contudo, caso queira migrar definitivamente para o ramo dos palpites, a startup encontrará uma grande concorrência, já que atualmente no Brasil diversas operadoras de apostas esportivas têm consolidado suas marcas no mercado nacional ao patrocinar times e até campeonatos. Ademais, essas plataformas se especializaram em atender as necessidades dos clientes, com isso, há alguns sites de apostas que aceitam cartão de crédito e ainda oferecem diversos outros benefícios. Um exemplo é o bônus de boas-vindas, que ajuda o usuário a incrementar o seu saldo inicial e explorar as plataformas sem grandes custos, odds altíssimas e a possibilidade de realizar palpites múltiplos.

Como surgiu

Primeiramente, precisamos esclarecer o que é um fantasy game. Para quem nunca jogou um título do tipo, nesse jogo o usuário escala uma equipe virtual que tem seu desempenho baseado nas performances dos jogadores da vida real. Com isso, é preciso montar um time, com jogadores de todas as posições, inclusive um técnico, e de acordo com o desempenho dos atletas, suas versões virtuais ganharam uma pontuação, que quando somada e descontada qualquer penalidade, determinará a performance final do time.

A plataforma foi criada por dois programadores apaixonados por esportes, Mateus Dantas e Kiko Augusto. Inicialmente, eles não tinham grandes pretensões para startup, investindo apenas parte do seu tempo vago no crescimento da empresa, que aos poucos foi captando e aumentando sua base de usuários. Para angariar jogadores, os programadores iam até as redes sociais do Cartola, o fantasy game da Globo, e verificavam quem curtia ou comentava nos posts do jogo, posteriormente mandavam direct para essas pessoas, apresentando o Rei do Pitaco.

“Para os poucos que respondiam, a gente explicava que queríamos montar o melhor ‘fantasy game’ do Brasil e que estávamos buscando feedback de pessoas que gostavam de esportes”, explicou Mateus durante uma entrevista ao Brazil Journal.

A partir dessas interações, os programadores foram moldando o Rei do Pitaco, que apesar de ser bem semelhante ao Cartola, conta com suas particularidades. “O Cartola funciona num modelo de temporada inteira e só tem o Brasileirão. Você vai acumulando pontos e só no final da temporada eles definem os vencedores. O Rei do Pitaco são jogos de curto prazo: fechou o dia, já temos a classificação dos melhores e distribuímos os prêmios”, afirma Kiko.

Dentre outras diferenças que chamam atenção é que o Cartola não paga prêmios em dinheiro. Enquanto isso, no Rei do Pitaco, os usuários inicialmente entram em ligas pagando uma taxa, e ao final da competição, os 30% mais bem colocados recebem uma premiação em dinheiro.

Hoje, o fantasy game conta com mais de 1,5 milhão de usuários cadastrados e em 2021 distribuiu R$28 milhões em prêmios. Contudo, Mateus acredita que o mercado que pode ser atingido pela startup é de 40 milhões de brasileiros, sendo que até 2023 eles acreditam que chegarão a ter 7,5 milhões de usuários cadastrados em sua plataforma.

O co-fundador do Rei do Pitaco ainda aponta que por enquanto, o foco é crescer o fantasy game, mas que em um futuro próximo eles poderão enveredar pelo mundo dos NFT e apostas, dentre outras possibilidades.

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