Homeschooling: como funciona a prática da educação caseira nos Estados Unidos

Muito popular por questões religiosas, o homeschooling passou a ser adotado como medida de segurança em algumas regiões

Da Redação


A pandemia fez com que muitas crianças e adolescentes deixassem de ir à escola para evitar a contaminação e transmissão do vírus aos familiares. Apesar disso, a recomendação foi de manter as atividades escolares, com o intermédio de educadores, por meio online, através de videoaulas e outras atividades.

No Brasil, a educação está bastante ligada à prática de profissionais formados na faculdade de pedagogia ou outros campos do conhecimento que sejam aliados a uma licenciatura, mediadas por uma instituição educacional. Entretanto, outras culturas apresentam também outras possibilidades para a prática da educação.

Nos Estados Unidos, o homeschooling, ou a prática da educação caseira, é bastante popular entre pessoas religiosas que não desejam ter suas crenças atravessadas pelo convívio com outras crenças, ou ainda por pais que temem a violência nas escolas americanas, do bullying aos infelizmente cada vez mais comuns ataques com armas de fogo.

Crianças com atividades artísticas ou no esporte, por exemplo, que devem constantemente viajar ou que precisam acompanhar a vida dos pais, também podem optar por esse tipo de ensino.

O que é o homeschooling

Homeschooling, conhecido em português como “ensino doméstico”, é a metodologia de ensino em casa, em que os pais ou responsáveis são os responsáveis em ensinar as crianças. Isso não é algo novo, visto que o ensino em casa por muito tempo dividiu espaço com os ensinos nas escolas, sendo mais popular em lugares distantes dessas instituições.

Entre os principais motivos para a adoção do homeschooling nos Estados Unidos, estão práticas religiosas, necessidades específicas dos alunos, distância das escolas, viagens constantes dos pais ou alunos, entre outros.

Polêmicas envolvendo o homeschooling

Apesar de muito praticado nos Estados Unidos, há diversas polêmicas envolvendo a adoção dessa metodologia. Do isolamento dos alunos à falta de preparo dos pais para acompanhar a agenda dos estudos, há muitos especialistas que se preocupam com a ausência de um professor qualificado para acompanhar e mediar as práticas de ensino.

Antes da pandemia, estava se fortalecendo no Brasil um movimento que pedia pela flexibilização do ensino doméstico, motivado principalmente pela não concordância com os parâmetros da educação brasileira. Professores brasileiros alertavam, no entanto, que, ainda que os alunos seguissem os estudos fora das escolas, esses parâmetros deveriam ser seguidos, sob o risco de os alunos não serem aprovados nos exames nacionais e nos processos seletivos das universidades do país.

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