Polícia Federal conclui investigação das onças mortas no Pantanal

Laudo apontou que os órgãos dos animais continham o agrotóxico carbofurano, que tem venda proibida no Brasil desde 2017

Da Redação


A Polícia Federal em Corumbá concluiu as investigações relacionadas a morte de duas onças e outros 18 animais, por suspeita de envenenamento na região do Abobral, Pantanal Sul Mato Grossense, em Corumbá.

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Os fatos vieram ao conhecimento da Polícia Federal em 15 junho de 2021, uma vez que dias antes, uma equipe do Instituto Reprocon (reprocon.org), realizou incursão em campo para rastreamento do colar de GPS instalado em um dos animais monitorados pelo grupo, pois, o colar em questão havia emitido sinal referente ao sensor de mortalidade. O equipamento foi localizado e junto a ele, o cadáver do animal, tratando-se de uma onça-pintada, já em estado avançado de decomposição.

Nas proximidades do animal morto monitorado, havia uma outra onça também morta e outros 18 animais na mesma situação, o que levantou a suspeita de envenenamento.

 Com a conclusão das investigações, três pessoas foram identificadas e indiciadas pela morte das onças e dos outros animais - Foto: Polícia Federal/Divulgação

Na ocasião foi colhido material da onça (porção de fígado de onça macho), que foi encaminhado para exame pericial em Brasília (DF), cujo resultado confirmou a presença de “carbofurano”, um agrotóxico de venda proibida no Brasil desde 2017 por ser extremamente tóxico, mas facilmente encontrado do Paraguai. Conforme aponta esse mesmo laudo, o uso do “carbofurano para envenenamento intencional de animais domésticos e selvagens tem sido frequentemente descrito em publicações científicas, como um dos praguicidas mais comuns para esse fim”.

Com a conclusão das investigações, três pessoas foram identificadas e indiciadas pela morte das onças e dos outros animais. A PF não divulgou o nome dos autores do crime ambiental.

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