Polícia Federal deflagra operação de combate à lavagem de dinheiro e ao narcotráfico internacional

Só nos primeiros quatro meses de 2020, as empresas de fachada teriam movimentado mais de R$ 116 milhões

Da Redação


A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (15), uma operação para prender um grupo criminoso suspeito de tráfico internacional de drogas. Ao todo, nove mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão foram cumpridos em Pernambuco, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Amazonas.

Segundo a PF, as investigações da Operação Corona começaram após a apreensão de um avião com 650 quilos de cocaína no Aeródromo da Coroa do Avião, em Igarassu, no Grande Recife. Isso ocorreu em abril de 2020.

A apreensão resultou de um esforço operacional da PF com o apoio da Polícia Militar de Pernambuco. Na ocasião, piloto, copiloto e outros criminosos engajados no descarregamento da droga da aeronave foram presos em flagrante por tráfico de drogas. O plano do grupo criminoso visava ocultar a cocaína numa exportação de sucata destinada à Europa pelo Porto de Suape.

Avião apreendido em 2020 com 650 quilos de cocaína - Foto: Polícia Federal/Divulgação

Após o flagrante, a PF aprofundou a investigação, a fim de identificar outros responsáveis pela operação ilícita, assim como descobrir o esquema criado para financiar esse plano. Foi revelada, então, uma grande estrutura criminosa de empresas de fachada criadas com a finalidade de movimentar dinheiro para o crime organizado transnacional. As empresas estão espalhadas pelo país, mas se concentram, especialmente, no Estado de São Paulo. Só nos primeiros quatro meses de 2020, no período em que o grupo preso na RMR arquitetava a exportação de cocaína frustrada pela PF, essas empresas movimentaram juntas mais de R$ 116 milhões.

Os mandados foram cumpridos em Campo Grande, já no Estado de São Paulo, na Praia Grande, Paulínia, Ribeirão Preto, Serrana, Guatapará, Itaquaquecetuba e Poá, em Recife no Estado de Pernambuco e Manaus e Coari no Amazonas.

Drogas apreendidas em Pernambuco na operação Corona - Foto: Polícia Federal/Divulgação

Os crimes investigados são tráfico internacional de drogas, financiamento do narcotráfico, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar, isoladamente, a mais de 20 anos de reclusão.

A expressão Corona é um termo espanhol, que significa Coroa em português, uma referência, portanto, ao local onde foi apreendida à droga no início de 2020.

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