Com redes sociais e internet, jovens impulsionam comércio reverso

Da Redação


As redes sociais e a internet já se mostraram veículos de consumo desenfreado, com anúncios e influenciadores lutando pela atenção de quem navega. Mesmo assim, vem surgindo uma tendência que cresce aos poucos: o recommerce, ou comércio reverso. Este nicho não é novo, já que roupas usadas e livros velhos sempre foram revendidos em espaços físicos, como brechós e sebos, mas hoje em dia está cada vez mais popular.

Jovens estão se interessando pelo impacto do seu consumo no meio ambiente e o recommerce vem com força a partir da premissa de que reutilizar é melhor do que comprar novo, além dos itens serem mais baratos. Os consumidores veem esses benefícios e quem vende faz renda extra com o que não usa mais – um movimento que conta com um público engajado com o reaproveitamento. Além dos millennials, ou a geração Y, que entraram nessa onda há algum tempo, a geração Z, de jovens que nasceram entre 1995 e 2010, chegou também antenada e com um poder a mais, a tecnologia.

Algumas das estrelas do recommerce são:

- Joias: O mercado de luxo é um dos que ganham mais destaque no mundo do recommerce. Entre os itens usados mais comercializados online estão as joias, que geralmente são muito caras e destinadas a um grupo com alto poder aquisitivo.

- Roupas de grife: Com o mesmo foco, as roupas de grife também são estrelas da re-comercialização.

- Eletrônicos: Produtos eletrônicos são cada vez mais populares e recebem atualizações com mais frequência. Além de contribuir para que recursos não fiquem escassos, a compra e venda de eletrônicos usados permite que quem quer estar sempre atualizado tenha dinheiro para comprar novos modelos, enquanto quem não liga para isso pode ter aparelhos por um preço reduzido.

- Videogames: Acessórios de jogos são lançados com certa frequência também, e o mercado movimenta bilhões de dólares anualmente. Já quem não se importa com acessórios e prefere games mais simples pode jogar opções compatíveis para smartphones ou PCs, como os casinos com rodadas grátis descritos pelo cassinos.info. Essas plataformas contam com centenas de jogos de desenvolvedores diferentes, além de oferecerem rodadas grátis para que novos jogadores se divirtam antes de tentar a sorte com dinheiro de verdade.

Sem regras

Uma das opções para quem quer começar a revender itens usados é usar as redes sociais como forma de divulgação. Por exemplo, a gerente de marca da Privalia, Marcella Marana, viu uma oportunidade de arrecadar um dinheiro extra no seu guarda-roupa, além de contribuir com projetos sociais. “Como trabalho com moda, tenho uma grande variedade de roupas no armário”. No início, ela começou emprestando roupas para amigas, e passou a trocar algumas peças.

“Aos poucos fui entendendo que podia fazer isso de outra forma, atingindo um maior número de pessoas. Criei uma conta no Instagram somente para o bazar e comecei a divulgá-la”, explicou ela.

Dessa forma, é possível perceber que não há regras para a revenda, desde que os produtos possam ser aproveitados pelos consumidores e estejam em um bom estado. E a internet é o principal destino que quem quer comprar, já que dados da NielsenIQ Ebit indicam que 91,7% dos consumidores querem continuar comprando online no segundo trimestre de 2022.

O CEO da Tray, Thiado Mazeto, comenta o fenômeno: “As pessoas podem cumprir com a sua ideologia de consumo mais consciente e ainda contar com bons produtos a preços mais acessíveis. Como incentivadores desse ideal de desperdício zero, temos os consumidores mais jovens, extremamente habituados a comprar pela internet”.

Os segmentos que mais se destacaram no e-commerce, de acordo com o estudo da NielsenIQ Ebit, foram moda, cosméticos, acessórios e perfumaria. Isso pode ser uma das explicações para o grande sucesso do bazar de Marcella Marana, que teve um aumento na renda em cerca de 20% com o faturamento do recommerce. Segundo a executiva, metade do valor é destinado à assistência social.

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