Dracco prende 7 em operação contra facção criminosa que planejava atentado contra policiais e juiz em MS

A operação também contou com apoio de policiais penais da Agepen

Da Redação


Sete pessoas foram presas pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) em investigação conjunta com a SIG (Seção de Investigações Gerais) da 1ª Delegacia de Polícia de Naviraí, após deflagar a “Operação Akvas” nesta terça-feira (30), contra integrantes de organização criminosa que atuam dentro e fora dos presídios.

A operação também contou com apoio de policiais penais da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) que realizaram “pente-fino” nas principais Penitenciárias do Estado.

Investigação

As investigações apontam que uma célula da organização criminosa estabelecida na região Cone Sul do Estado de Mato Grosso do Sul estaria se organizando para realização de atentados contra servidores públicos, tendo como possíveis alvos um investigador de polícia, um policial penal e um juiz.

 

Os servidores seriam alvo da organização criminosa devido ao exercício de suas funções, por atuarem, de forma ativa, no enfrentamento à facção.

Durante as investigações, verificou-se que alguns dos integrantes investigados, mesmo presos, de dentro dos estabelecimentos penais continuavam a dar ordens, que eram executadas por quem estava em liberdade.

Bilhete

Recentemente foi divulgado pela imprensa, bilhetes em que a facção criminosa instigava seus integrantes a atentarem contra Forças de Segurança do Estado de Mato Grosso do Sul, inclusive mediante ataque com explosivos, ensinando na confecção de artefatos.

Também foi interceptada uma carta com registro de ameaça a servidores do próprio Dracco.

 

Vale lembrar, que em 31 de agosto de 2016, um policial penal foi alvo de um atentado a tiros na cidade de Naviraí. Ele seguia em uma Honda/Biz, quando os criminosos, em duas motos, se aproximaram e começaram a atirar. O ataque ocorreu próximo à capela mortuária da cidade, a cem metros da Delegacia da Polícia Civil local.

À época, todos os suspeitos foram identificados e presos, tendo sido julgados pelo Tribunal do Júri a penas que ultrapassaram 20 anos.

Ainda no início daquele mês e ano, houve uma grande rebelião na penitenciária de segurança máxima de Naviraí, liderada por membros da facção criminosa. Dois internos foram mortos pelos próprios presos, que destruíram parcialmente o presídio. A rebelião só foi controlada depois que a tropa de choque da Polícia Militar invadiu o presídio e 50 líderes do motim foram transferidos para Dourados e Campo Grande.

 

Diante da sensibilidade dos crimes, a atuação do Dracco, responsável pela coordenação de investigações sistêmicas de atuação da Polícia Civil no combate às organizações criminosas se fez necessária, tendo sido a presente operação realizada com intuito de neutralizar eventuais ações criminosas contra servidores naquela Região.

Os presos serão encaminhados para Gameleira (Supermáxima) de Campo Grande.

A operação foi batizada como “Akvas”, expressão que remete ao termo “cavalaria” e demonstra a força do Estado quando se visa atentar contra um agente público.

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