Em Aparecida do Taboado, Polícia Ambiental autua empresário em R$ 15 mil por exploração ilegal de madeira

Madeira estava sendo extraída do lago de usina hidrelétrica

Da Redação


Policiais da PMA (Polícia Militar Ambiental) de Aparecida do Taboado receberam denúncias de furto e exploração ilegal de madeira submersa no lago de uma usina hidrelétrica na divisa de Mato Grosso do Sul com São Paulo. Uma equipe foi ao local e encontrou os pontos de onde estava sendo extraída a madeira ilegalmente do lago, na parte do rio Paranaíba, na última sexta-feira (17), porém, não encontrou os infratores. No local havia várias toras amarradas a tambores que funcionavam como boias, para submergir a madeira.

Os policiais realizaram diligências e no sábado (18) encontram em um porto de areia à margem do rio Paranaíba, no município do mesmo nome, onde estava sendo armazenada a madeira retirada da área submersa do lago. No local havia uma embarcação com dois motores de popa, um compressor para uso de serra pneumática, material este utilizado para a exploração e beneficiamento da madeira retirada. Não havia ninguém no local.

 

Pouco tempo depois, a PMA encontrou o proprietário do porto que assumiu estar retirando a madeira sem a licença ambiental, que aliás, não lhe pertence, o que pode caracterizar como furto, por pertencer à empresa proprietária da hidroelétrica. O infrator explicou que com uso de serra móvel pneumática, mergulhadores com equipamentos de ar, cortavam a madeira submersa no lago da usina de Ilha Solteira, cujas as toras eram acoplados a tambores plásticos para submergir e, então, rebocadas pelo barco com os motores até o porto onde era armazenada e beneficiada, em uma serraria, com serra elétrica com energia produzida por um motor estacionário.

36 m³ de madeira das espécies aroeira, angico e jatobá, os dois motores de popa, o barco, o motor estacionário e a serra elétrica foram apreendidos. O empresário, de 38 anos, residente em Paranaíba, foi autuado administrativamente e foi multado em R$ 15 mil. A empresa foi orientada a registrar a queixa de furto da madeira. O infrator responderá por crime ambiental de exploração ilegal de madeira, cuja pena é de seis meses a um ano de detenção. Além disso, poderá responder por furto, que possui pena de um a quatro anos de reclusão.

 

Com relação à serraria, o infrator informou que ela era móvel e que era arrendada. A equipe, então, localizou o proprietário da serraria, de 62 anos, residente em Paranaíba, cuja serra havia sido transcolada para o beneficiamento da madeira ilegal. Ele informou que não possuía a licença ambiental para funcionar a serraria e foi autuado administrativamente em R$ 1,5 mil. Ele também responderá por crime ambiental de funcionar atividade potencialmente poluidora sem autorização ambiental, cuja pena é de um a seis meses de detenção.

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