Dois meses após chegar ao DOF, policial militar está entre suspeitos de escoltarem traficante em MS

\'Romanov para o crime\': sargento da PM preso tinha alcunha entre traficantes de Mato Grosso do Sul

Midiamax


Terceiro sargento da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e alvo da operação 'Magnus Dominus' da Polícia Federal, na última sexta-feira (30), teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Ele é suspeito de escoltar traficantes no Estado e conhecido entre a organização criminosa como 'Romanov', segundo apontou a investigação. O militar estava há dois meses no DOF (Departamento de Operações de Fronteira). 

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Com a expedição dos mandados, os policiais federais foram até a unidade do DOF, em Dourados, onde foram apreendidas uma pistola Glock com numeração suprimida, um carregador com 17 munições e outro carregador de fuzil. O terceiro sargento recebeu voz de prisão. Durante o depoimento, o militar resolveu se calar, não dando explicações sobre a arma com numeração raspada.

A operação cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão contra nove brasileiros, um italiano, um romeno e um grego, em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.

O terceiro sargento teve a prisão preventiva decretada e, segundo o juiz plantonista, Valter Tadeu Carvalho, a prisão se faz necessária devido à “garantia da ordem pública; periculosidade do indiciado ou acusado. Entendo que no caso dos autos tais requisitos estão presentes, vez que a prisão em flagrante pelo crime de armas se deu em decorrência de cumprimento de mandado de prisão por suposto envolvimento do flagrado em organização criminosa, tendo ele sido flagrado com a arma e munições relacionadas quando saia de serviço”.

 

Condecorado com medalha 

Em junho deste ano, o terceiro sargento chegou a ser condecorado com medalha de bronze por bons serviços prestados à corporação. A publicação da condecoração foi publicada em Diário Oficial no dia 2 de junho. 

O militar foi transferido para o DOF no fim de março e, segundo informações, ele estava em estágio após a sua transferência.

No Portal da Transparência, a remuneração do terceiro sargento é de R$ 8.437, 83.

Megatraficante era um dos alvos

O megatraficante Antônio Joaquim Mota, conhecido como 'Motinha' ou 'Dom', conseguiu fugir de helicóptero, na última sexta-feira (30), durante a operação Magnus Dominus (Todo Poderoso, em latim) feita pela Polícia Federal e autoridades paraguaias para desarticular organização criminosa paramilitar do tráfico internacional de drogas com atuação em Ponta Porã e Pedro Juan Caballero.

A polícia acredita que 'Dom' fugiu de helicóptero em sua fazenda no Paraguai, devido a um vazamento de informação. Trata-se da segunda vez que ele consegue fugir da polícia. O grupo chefiado por Mota possui organização paramilitar para a realização do tráfico internacional de drogas.

De acordo com a PF, alguns de seus membros possuem cursos nacionais e internacionais de segurança militar privada e atuação em guerras, além de seguranças militares privados de embarcações contra piratas da Somália, recrutados justamente pela sua experiência nesse tipo de serviço.

Operação Magnus Dominus

Agentes da Polícia Federal deflagraram, na sexta-feira (30), a Operação Magnus Dominus com objetivo de desarticular organização criminosa paramilitar a serviço do tráfico internacional de drogas e armas entre o Brasil e o Paraguai, com atuação nas cidades de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, e em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. A ação cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão contra nove brasileiros, um italiano, um romeno e um grego, em complexa operação policial, com deflagração simultânea nos estados do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.

A operação mirou grupos e criminosos cujos membros são apontados pelas investigações como de elevada expertise operacional, com cursos nacionais e internacionais na área de segurança militar privada e atuação em guerras, além de seguranças militares privados de embarcações contra piratas da Somália, recrutados justamente pela sua experiência nesse tipo de serviço.

Durante as investigações, constatou-se que a organização detinha grande poder bélico, com equipamentos de última geração como coletes balísticos, drones, óculos de visão noturna, granadas, e armamento de grosso calibre, a exemplo de fuzis 556, 762 e .50, este capaz de perfurar blindagens e abater aeronaves.

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