Adolescente morto por causa de boato implorou para que assassinos não o matassem em vídeo da execução

O adolescente Bruno Ávalos, de 17 anos, foi morto em uma espécie de \'tribunal do crime\', em Deodápolis. Investigação aponta que um dos criminosos estava inconformado com o suposto relacionamento da filha com a vítima e fez falsa acusação

Da Redação


O adolescente Bruno Ávalos, morto aos 17 anos em uma espécie de "tribunal do crime", implorou para que não fosse morto por um grupo de homens ligados a uma facção, em Deodápolis. A vítima apelou para não morrer em um vídeo gravado pelos criminosos. O registro da execução foi compartilhado nas redes sociais após o crime.

"Rafa, não é eu, Rafa!", implorou Bruno nas últimas palavras, publicou o “G1/MS”.

"Rafa" é um dos criminosos responsável pela morte de Bruno. Toda a execução do adolescente foi filmada e compartilhada em redes sociais. No vídeo, a vítima implora pela vida e logo desmaia. Bruno foi morta ao ser ligada falsamente a um boato.

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Bruno teve a morte encomendada por Fabiano Alves Capelaxio, de 37 anos, que é pai de uma menina com quem o adolescente mantinha um suposto relacionamento, segundo a investigação da polícia.

Conforme as informações da polícia, Fabiano não aceitou o envolvimento entre a filha dele e Bruno. Após, o homem criou um boato de que a filha havia sido estuprada por Bruno, planejou o crime e participou da execução do adolescente.

 Os homens seguem presos - Foto: Reprodução

A Justiça de Mato Grosso do Sul decretou as prisões preventivas dos cinco homens que mataram o adolescente Bruno. A audiência de custódia dos presos foi realizada, em Deodápolis, durante a noite dessa segunda-feira (15).

A decisão foi assinada pela juíza Natalia Devechi Picoli Antunes. Eles devem ser encaminhados a um presídio nos próximos dias.

Foram presos Ryan Lucas Teixeira Salustriano, 19 anos, João Pedro Leoncio de Lima, 19 anos, Rafael Kennedy da Silva Alves, 19 ano, Fabiano Alves Capelaxio, 37 anos e Erik Henrique da Silva de Jesus, 21 anos.

Crime

Bruno Avalos, de 17 anos, foi executado no "tribunal do crime" após ter sido acusado de estupro, de acordo com a polícia. O crime aconteceu no sábado (13) e, a Polícia Civil de Deodápolis, no interior de Mato Grosso do Sul, afirma que a vítima nunca cometeu o ato.

A execução do adolescente foi filmada pelos acusados, que fazem parte de uma facção, e o vídeo foi publicado em redes sociais. O assassinato só foi confirmado na segunda-feira (15).

A execução do adolescente foi encomendada por Fabiano Alves Capelaxio, pai de uma menina com quem o adolescente mantinha um suposto relacionamento, segundo a investigação da polícia. O homem não aceitou o envolvimento entre os dois e planejou o crime.

Os cinco envolvidos no crime confessaram à polícia que armaram uma emboscada para atrair Bruno até o local onde ocorreu a execução. De acordo com o depoimento, o grupo sequestrou o tio do jovem e ligou com o objetivo de atraí-lo até a área rural do município, onde foi morto.

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