Irmãs de ONG protetora de animais são presas por maus-tratos a 250 cães e gatos em Campo Grande

O local estava em estado de "lástima", conforme a polícia

Luis Gustavo, Da Redação


Duas irmãs, protetoras de animais de uma ONG (Organização Não Governamental) foram presas na quinta-feira (4), depois que a Polícia Civil, Vigilância Sanitária e Perícia constataram as denúncias de maus-tratos no local, que fica na Chácara dos Poderes, em Campo Grande. No terreno, havia 250 cães e gatos.

De acordo com o site Midiamaz, a delegada titular da Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista), Gabriela Stainle, informou que o local estava em estado de lástima e constará nos laudos oficiais. “Elas já vinham recebendo orientações da vigilância e não é a primeira vez que a DECAT constata essa situação de maus-tratos a animais sob guarda delas”, explicou.

Conforme a delegada, a equipe constatou no local, as seguintes situações: descarte irregular de resíduos sólidos (lixo) no quintal como lata de alumínio, cobertor, o que parecia ser um colchão, etc. Tudo estava amontoado e com vestígios de queima.

A piscina estava imunda, verde-escura, sem manutenção nenhuma há muito tempo, com larvas de mosquito. Por isso, a Vigilância Sanitária, que estava junto, fez a coleta de amostra da água.

Havia ainda descarte irregular de medicamento espalhados pelo local, uma fossa extravasando, além de muitos cães com sarna. A equipe constatou também que havia falhas na cerca, permitindo que cães ferozes escapassem para rua. Gatos presos em um cômodo imundo de fezes.

“Não tinha abrigo para todos os animais. O chão estava repleto de fezes de cachorros que simplesmente não eram recolhidas e elas são capazes de atrair fauna sinantrópica (mosquitos transmissores de doenças). Tudo foi constatado por peritos do Estado, pelos policiais da DECAT e vigilância sanitária”, detalhou Stainle.

Após a constatação do crime, houve representação pela prisão preventiva das irmãs responsáveis pela ONG e decretada pelo juiz, sendo assim logo cumprida.

Os animais ficaram no local sob os cuidados da mãe das irmãs. Elas disseram que possuem veterinário e então terão que adequar os cuidados.

“Não somos contra as protetoras, estamos do mesmo lado, mas a favor dos animais”, finalizou a delegada.

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