Policiais civis rejeitam proposta do governo e optam pelo indicativo de greve

Da Redação


Com ampla maioria de votos, a proposta de indicativo de greve foi aprovada pelos policiais civis de Mato Grosso do Sul nessa quarta-feira (21), em assembleia geral, realizada de forma híbrida (presencial e online), em Campo Grande, na sede do Sindicato dos Policiais Civis de MS (Sinpol-MS).

A decisão veio após a recusa da proposta do governo do Estado, que desde o início do ano vem prometendo atender as reivindicações salariais da categoria, mas não avançou.

O presidente do Sinpol-MS, Alexandre Barbosa, explica que os policiais civis também vão dar início ao movimento “Cumpra-se a Lei”, que orienta os servidores sobre direitos e deveres do exercício da profissão, para que os policiais atuem de acordo com a legislação.

A cartilha pode ser baixada neste link. “Também formamos uma comissão do movimento e vamos organizar as ações já para os próximos dias”, afirma Barbosa.

Reivindicações

De acordo com o Sinpol-MS, além do salário considerado baixo em comparação a outros estados, a classe reivindica a contratação de mais investigadores e escrivães, já que existe déficit de 900 profissionais. A situação pode influenciar no fechamento das delegacias. 

"Estamos negociando desde o ano passado com o governo do Estado desde o ano passado. Nós cobramos do governador, ainda quando ele era secretário, um compromisso que ele tem com o sindicato desde 2016, onde se afirmava na época, que o salário dos policiais estaria entre os seis melhores do país, mas não foi cumprido. Ele disse que faria o aumento, nem que fosse parcelado", diz Alexandre Barbosa, presidente do Sinpol. 

Além do baixo salário, os profissionais contestam a carga horária que deveria ser de 40 horas semanais, porém, alguns trabalhadores chegam a cumprir até 80 horas por semana e ainda, sem receber pelos extras.

Atualmente, o Estado possui 1.600 profissionais, entre escrivães e investigadores. Conforme a categoria, o necessário para atender às demandas populacionais em todo Mato Grosso do Sul, seria 2.500 trabalhadores. 

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