O Brasil (ainda) em nossas mãos

*Wilson Aquino


O Brasil, um país abençoado com vastos tesouros minerais, um clima ideal para o agronegócio, e terras férteis que permitem até três colheitas por ano, é habitado por um povo trabalhador e resiliente, que mesmo recebendo um salário mínimo insuficiente, para a maioria, luta diariamente pelo sustento de suas famílias. No entanto, este mesmo país é governado por autoridades que se comportam como verdadeiros reis, outros até como deuses, intocáveis, distantes da realidade que deveriam servir. Como se não bastasse, a ganância pelo poder faz com que muitos desses governantes rasguem a Constituição Federal sem qualquer pudor, ignorando os direitos e as necessidades do povo e ainda promovem gastos exorbitantes com seus salários e manutenção de suas regalias.

As autoridades, que deveriam agir em prol do bem comum, frequentemente priorizam seus próprios interesses e os de pequenos grupos privilegiados. Quando suas ações corruptas e criminosas são expostas, o que infelizmente se tornou comum no Brasil, essas verdadeiras ‘facções’ tentam manipular a verdade, transformando o certo em errado e vice-versa. Essa descarada afronta ao povo brasileiro é um ultraje, especialmente para aqueles que lutam incansavelmente para sobreviver, enquanto os que recebem migalhas do governo permanecem presos a um ciclo de dependência econômica. O governo, ao invés de promover a autonomia e o desenvolvimento dessas pessoas, parece preferir mantê-las sob controle, dependentes de seus programas assistencialistas, perpetuando um ciclo de submissão e pobreza. Essa realidade faz com que muitos brasileiros percam a esperança de um futuro melhor, diante de um cenário onde a injustiça e a corrupção prevalecem.

Para reverter esse processo cancerígeno, que está profundamente enraizado no seio da sociedade, por conta de lideranças políticas corruptas e/ou autoritárias, é imprescindível que cada cidadão mude sua postura e exerça melhor sua cidadania. A mudança começa agora, neste período eleitoral, ao escolher candidatos honrados e dignos, que não tenham histórico de corrupção ou qualquer outra mancha em sua idoneidade e caráter. É simples, mas de extrema importância.

Nas eleições de 2026, e em todas as subsequentes, é fundamental que os eleitores não escolham para presidente da República, governador, senador, deputado federal ou estadual, aqueles que já demonstraram falta de caráter, envolvimento em desvio de dinheiro público, conchavos e corrupção. O poder do voto é a maior arma que o povo tem para exigir mudanças.

Além disso, é crucial que cada cidadão manifeste sua indignação diante das injustiças cometidas por autoridades públicas. O povo, os eleitores, precisam aprender a cobrar mais dos seus representantes, de maneira firme e respeitosa. Aqueles que não ouvirem a voz do povo devem ser afastados da vida pública, através da ação e da pressão popular.

Deus, na Sua infinita sabedoria, já alertava a humanidade, desde o início dos tempos, sobre as consequências de escolher maus governantes. Quando a escolha é boa, o povo se alegra; mas quando é ruim, o povo geme (Pv. 29:2). A sabedoria divina nos ensina que a responsabilidade por um governo justo e honesto está em nossas mãos.

Como o poder emana do povo, e sendo a maioria da população brasileira Cristã, é necessário confiar mais no Senhor e agir com determinação para reverter as mazelas que assolam nosso país. Não podemos esquecer que, para o mal prevalecer, basta que os bons fiquem de braços cruzados, ignorando o que acontece ao seu redor com a desculpa de que "não se deve se meter em política". Essa é a postura que os corruptos desejam e que lhes permite continuar seus atos impunes e no poder.

Portanto, cabe a cada um de nós, brasileiros, agir com responsabilidade e coragem. O futuro do Brasil está em nossas mãos, e é nosso dever, como cidadãos e cristãos, lutar por um país mais justo, honesto e próspero para todos.

*Jornalista e Professor

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal da Nova

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