Ser professora e ser professor.

É um dom? 10% inspiração, 90% transpiração.

*Claudinei Araújo dos Santos


Sim, ser aquele que ensina, media, transmite conhecimento, exige muito mais transpiração do que inspiração. Nos anos de graduação, é tempo de descoberta, de leituras, pesquisas, escritas, releitura, e procura por métodos de ensino e aprendizagem. Sim, a graduação é o período em que descobrimos se seremos professores ou estaremos professores.

Então, surge os passos na sala de aula com estágio e após a chamada conclusão da graduação, vem a graça de ministrar aulas, passam a ter a profissão de Professora, de professor, tornam-se docentes, aquele ou aquela que leciona.

E para ser professor e professora, o que é preciso? É necessária, transpiração, entrega ao trabalho. E essa entrega ao trabalho, remete-se a leitura e formações constantes, pesquisas, estudos para que se conheça a graça de ser professor. É preciso Ágape, ou seja, comunhão com a docência. Além de toda transpiração, é necessário desejo de ser professora e professor, falar a língua da sala de aula, dos/das estudantes, de quem quer ensinar e aprender, pois, de acordo com Paulo Freire, “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”.

O autor ainda supõe, no que tange ao professor, “A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não podem dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”, [...] por isso, “O professor é, naturalmente, um artista, mas ser um artista não significa que ele ou ela consiga formar o perfil, possa moldar os alunos. O que um educador faz no ensino é tornar possível que os estudantes se tornem eles mesmos”.

Nesse sentido, ainda Paulo Freire, o patrono da educação no Brasil, ressalta que ⁠”tenho certeza de que um dos saberes indispensáveis à luta das professoras e professores é o saber que devem forjar neles e nelas, que devemos forjar em nós próprios, da dignidade e da importância de nossa tarefa”. Ser professor e professora, também é dom, mas, sobretudo, transpiração diária, é entrega a profissão, aos/as estudantes, dar-se na intensidade de ensinar, de aprender enquanto ensina, pois, ensinar é aprender, assim como permitir aprender é um ato de ensinar.

Desta forma, refletimos a celebre canção de Leci Brandão, “Na sala de aula, É que se forma um cidadão, Na sala de aula, É que se muda uma nação, Na sala de aula, Não há idade, nem cor, Por isso aceite e respeite, O meu professor, Na sala de aula, É que se forma um cidadão, Na sala de aula, É que se muda uma nação, Na sala de aula, Não há idade, nem cor, Por isso aceite e respeite, O meu professor”. Então, A vocês que tanto nos inspiram e motivam na busca pelo conhecimento, nossa gratidão!

Aos Professores!

*Professor Substituto - Área Educação – UFMS – CPNA – Curso de História Doutorando em História – UFGD – Pesquisa Colonização de Nova Andradina

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal da Nova

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