Maíra Charken fala sobre assédio: ''Está chovendo na minha horta''

Ego


Estreante no horário nobre, Maíra Charken chama atenção como Vera, a "delegata" de "Babilônia". A personagem durona e confiante tem movimentado a vida da atriz de 35 anos. "Está chovendo gostoso na minha horta, florescendo no meu jardim", ela faz piada. "Nesse momento, a última coisa que quero é namorar. Mas posso dizer que estou conhecendo muita gente nova, estou na fase da triagem", brinca.

Segundo ela, a personagem tem despertado o assédio masculino. "Tem aquela coisa sexy, essa parte do poder, do fetiche... A maioria dos caras que me encontra na rua brinca: 'Me leva preso'. Me divirto", conta. "O mais engraçado é que, no dia a dia, sou tão palhaça que não sustento esse lado sensual, acabo fazendo alguma merda se eu tentar demais. Sou muito moleca para ser sexy".

Solteira há seis meses, Maíra diz que, na hora da conquista, o jeito brincalhão ajuda. "Atraio muito mais pelo meu jeito do que pela estética. [A brincadeira] acaba quebrando esse gelo. Tenho uma personalidade forte no relacionamento, sou mandona, e acho que, às vezes, isso é que acaba atrapalhando mais o namoro, porque muito homens não aceitam".

O papel em "Babilônia" foi um divisor de águas na carreira da atriz. "Estava viajando e quando recebi a mensagem do Dennis [Carvalho, diretor da novela] fiquei tão feliz que quebrei a cama do hotel de tanto pular". Quase quatro meses após a estreia, ela diz que ainda não se acostumou com a repercussão: "Infarto todas as vezes em que apareço na TV. A repercussão é imediata e é numa proporção que nunca tinha vivido. Hoje, com as redes sociais, a gente consegue ter esse retorno na hora. Na minha estreia em 'Babilônia' foi uma loucura, meu telefone não parava de tocar."


'Passei muito perrengue'
O sucesso na novela das 21h é um alívio para quem, no começo, não tinha dinheiro nem para fazer os testes. Nascida em Amsterdã - seus pais se mudaram para a Holanda na época da ditadura -, Maíra veio para o Brasil com 2 anos de idade e, após concluir a faculdade em Campinas, se mudou de mala e cuia para o Rio de Janeiro para seguir a carreira de atriz.

"Passei muito perrengue. Lembro de não conseguir nem sair para fazer testes porque não tinha dois reais para pegar o ônibus. Aí arrumava os dois reais e pensava: 'Vou ganhar o cachê-teste de dez reais e aí vou ter dinheiro para voltar'", relembra.

O início foi como bailarina do "Domingão do Faustão", seguido de várias peças infantis e trabalhos na TV, como em "Cobras&Lagartos", "Os Caras de Pau" e "Malhação". Também participou do espetáculo "Elis - O Musical" e do filme "Cilada.com".


'Vou duas vezes por dia à academia'
Maíra assume que não é fácil manter o corpo da "delegata" em forma. "Faço muita coisa [risos]. Mudei minha alimentação completamente há um ano e meio e comecei a fazer exercícios com regularidade. Pratico balé fitness de segunda a sexta, faço spinning duas vezes por semana e, nos outros três, musculação e treino funcional. Vou duas vezes por dia à academia: faço o balé no meu treino da manhã e o resto à noite", detalha. "Cortei fritura, não uso mais sal nem açúcar e também cortei glúten e lactose. Só libero uma vez por semana".

As mudanças deram resultado. "Sempre fui magra, mas não tinha definição. Não usava shortinho nem saia e agora adoro mostrar as pernas. Mas quero emagrecer e secar mais, perder mais uns pneuzinhos e o culote. Quero poder colocar a roupa e não marcar nada e depois tirar a roupa e também não ter nada fora do lugar [risos]."

'Penso muito em adotar'
Aos 35 anos, Maíra diz que não sente pressão para casar, mas não vê a hora de ter filhos. "Me cobro mais do que qualquer pessoa, mas penso mais na coisa do filho, por causa da idade, do que na pressão da sociedade de casar. Penso muito em adotar, já pesquisei tudo, a única coisa com que me preocupo é o fato de estar tudo tão caro hoje em dia, tem que ter muito planejamento e estrutura", afirma.

Enquanto o filho não vem, a atriz se ocupa com seus bichos de estimação. "Tenho três cachorros. É impressionante como eles ajudam - a mais nova me salvou, literalmente. Faço um trabalho com uma ONG de Teresópolis e ajudei a resgatá-la após uma enchente. Era um período em que eu estava bem desanimada com a vida e ela me trouxe ânimo, me tirou do buraco em que eu estava."

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