Reativada com a expectativa de ser indutora do desenvolvimento da região, a Sudeco (Superintendência Regional do Centro-Oeste) pretende dar prioridade ao investimento na infraestrutura ferroviária, sem deixar de aperfeiçoar o modal rodoviário.
Na audiência pública “Sudeco: Instrumento de Desenvolvimento do Centro-Oeste”, nesta sexta-feira (19), na Assembleia Legislativa, o diretor-superintendente Marcelo Dourado revelou que pretende investir em uma nova rota ferroviária, mudando o escoamento das cargas do Porto de Paranaguá (PR) para o Porto de Santarém (PA).
A ideia, explica o superintendente da Sudeco, é reduzir o custo do frete, diminuindo a distância percorrida pelas commodities para chegar aos grandes centros consumidores como Estados Unidos, Canadá e Europa.
Recriada, a Sudeco contará com o FDCO (Fundo do Desenvolvimento do Centro Oeste), que tem expectativa de orçamento de R$ 1,3 bilhão. “Esse número é pequeno para a região que tem o maior PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil”, avaliou o próprio superintendente. “A perspectiva é que os recursos do Tesouro entrem em vigor em 2012, mas isso depende da aprovação do Orçamento”, disse.
Marcelo Dourado revelou não haver ainda definição pelo Governo Federal se o BDCO (Banco de Desenvolvimento do Centro-Oeste) será criado para operar o recurso do FDCO. Para ele, os recursos deverão ser operados por bancos que tenham um perfil público.
Propositor da audiência pública, o deputado Junior Mochi (PMDB) destacou que a Sudeco e o FDCO serão instrumentos importantes de investimento em infraestrutura, beneficiando Mato Grosso do Sul.
Ele disse ser favorável a proposta de uma nova rota ferroviária para escoamento da produção. “Uma nova rota pela região Norte poderá ser importante principalmente para as commodities, pensando também na saída para o Pacífico”, afirmou.
A audiência pública contou com a participação de congressistas de Mato Grosso do Sul.“A Sudeco é um elemento primordial para dar exemplo e ser força propulsora do desenvolvimento”, destacou o coordenador da bancada federal, deputado Geraldo Resende (PMDB).
“Estamos de olho gordo nesses R$ 1,3 bilhão (do FDCO). Tem uma divisão equitativa entre os estados considerando critérios como população e área, mas queremos que 100% dos recursos para Mato Grosso do Sul sejam aplicados porque o Estado está na rota da industrialização”, afirmou o senador Waldemir Moka (PMDB).
Já a secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção e Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, avaliou que o debate foi importante principalmente para discutir a destinação dos recursos para a região Centro-Oeste.
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