A Revanche dos Torturadores

Por mais que propaguemos que o Brasil é um país livre

*Vicente Lichoti


O PIG - Partido da Imprensa Golpista e os remanescentes do Golpe de 64 devem estar celebrando a vingança sobre quem no passado os combateram. Genuíno e Dirceu estão pagando o preço da luta que devolveu ao país o direito à democracia. A partir das condenações dos Josés (Dirceu e Genuíno) com punições em regime de reclusão, recobra-nos o período militar, quando os rebeldes ao regime sofriam prisão, exílio e quando não, tortura e morte.

Por mais que propaguemos que o Brasil é um país livre, é importante dizer que a transição do militarismo para o regime democrático ainda não acabou. No Brasil, os crimes dos militares sequer foram julgados. A "Suprema Corte" (STF), não teria essa coragem.

Nenhum dos torturadores foram julgados e andam livres por aí, todos às custas do dinheiro do trabalhador e de quem produz neste país, recebendo gordas aposentadorias, muitas delas vitalícias. E se o STF for julgar algum torturador, de cara vai dizer que está prescrito, mesmo sabendo que crimes de tortura (muitos destes seguidos de assassinatos) não prescrevem.

O estranho de tudo é que a marcha do julgamento seguiu pautada pela pressão da mídia e marcado para coincidir com o período eleitoral na vã esperança de derrotar as candidaturas petistas às eleições deste ano. Uma estratégia que freou o crescimento do partido, principalmente em importantes capitais brasileiras, como Salvador e Fortaleza.

Jogam-se confetes nas redações de jornalismo, muitos deles patrocinados por Washington (EUA) e por gigantes corporações financeiras anti-trabalhistas. Este comportamento é prova de que mais do que sede de justiça ou promoção da ética, trata-se de puro revanchismo daqueles que sempre combateram e combatem o Partido dos Trabalhadores e a luta dos Movimentos Sociais e de causas Populares.

*Vereador pelo PT em Nova Andradina
 

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