Marcelo Miranda, ex-governador do Tocantins, é preso pela PF em Brasília

Político já foi cassado 2 vezes, é investigado por corrupção e estava no apartamento funcional da mulher, a deputada Dulce Miranda.


A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (26) o ex-governador de Tocantins Marcelo Miranda (MDB). Ele é investigado em operação sobre corrupção e foi preso pela Polícia Federal em Brasília, no apartamento funcional da mulher, a deputada Dulce Miranda (MDB). Ela não é investigada. Em Palmas, a PF também cumpre um mandado de busca e apreensão na casa do ex-governador.

A prisão preventiva de Miranda foi autorizada pela 4ª Vara Federal de Palmas. As investigações fazem parte da Operação Reis do Gado, que começou em 2016 e apura supostas fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. Os prejuízos estimados são de mais de R$ 300 milhões.

A defesa do ex-governador informou que "a princípio não há fatos que justifiquem o pedido de prisão", mas vai se posicionar somente após ter acesso à decisão.

Segundo a PF, o objetivo da operação desta quinta é desarticular uma organização criminosa suspeita de prática constante de atos de corrupção, peculato, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, recebimento de vantagens indevidas, falsificação de documentos e lavagem de capitais.

Ao todo, são cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva. A operação ocorre nas cidades tocantinenses de Palmas, Tocantínia, Tupirama e Araguaína, além de Goiânia, Santana do Araguaia (PA), Sapucaia (PA) e São Felix do Xingu (PA).

O nome da operação desta quita, 12º Trabalho, faz referência ao 12º trabalho de Hércules, seu último e mais complexo desafio, que consistia em capturar Cérbero.

 Agentes da PF entrando na casa do ex-governador Marcelo Miranda, em Palmas - Foto: Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera

Entenda

Marcelo Miranda foi eleito governador do Tocantins três vezes, sendo cassado duas vezes. A última cassação foi por causa de um avião apreendido em Goiás com material de campanha e R$ 500 mil ligados a campanha do ex-governador em 2014.

Ele também foi eleito senador da República, mas não pôde assumir porque foi considerado inelegível.

Marcelo Miranda é alvo de diversas investigações das Polícias Federal e Civil. A principal delas é a Reis do Gado. O inquérito investiga um esquema de lavagem de dinheiro e fraudes em licitações públicas. Miranda chegou a ser conduzido coercitivamente para prestar depoimento no caso. Parentes dele foram indiciados, inclusive o pai, Brito Miranda.

Em 2019, o ex-governador também foi indiciado pela Polícia Civil em um inquérito que apura a existência de servidores fantasmas no governo do Tocantins.

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