Prefeitura de Nova Andradina irá gastar mais de R$ 48 mil para fazer projeto de ponte que caiu

Cinco vereadores apresentaram requerimento solicitando informações

Da Redação


Foi assinado no último dia 13 de abril despacho de ratificação para a contratação de empresa de engenharia que será responsável pela elaboração do projeto executivo visando a construção de uma nova ponte no contorno rodoviário, já que a mesma desabou em 2019.

A empresa foi contratada na modalidade de dispensa de licitação, em conformidade com parecer jurídico, bem como em decorrência da justificativa da Comissão Permanente de Licitação.

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O valor total é de R$ 48.349,39 e visa apenas a elaboração do projeto para a ponte que caiu. No último dia 22, o Jornal da Nova solicitou mais informações sobre a iniciativa, mas até o momento não obteve respostas.

Na ocasião, foram solicitados dados sobre a licitação, quando seria iniciada a nova construção, o tamanho da nova ponte e o tratamento que será feito para combater a erosão no local e o tempo para o projeto sair do papel.

Além disso, a reportagem questionou a origem dos recursos para o custeio do projeto e da nova construção (municipal, estadual ou federal) e se a nova rota para o desvio do tráfego de caminhões anunciado pela prefeitura está em operação.

Câmara

Os vereadores Marião da Saúde, Dr. Sandro Hoici, Quemuel de Alencar, Wilson Almeida e Deildo Piscineiro apresentaram requerimento nesta última terça-feira (28), em que solicitam informações sobre o Anel Rodoviário Fernando Lima de Vasconcellos.

Entre os questionamentos está o custo da construção, se já estava incluído o projeto executivo da ponte, e os valores municipais aplicados nos chamados “gabiões de pedra de mão” - implantados durante a construção.

 A queda da ponte aconteceu dia 16 de dezembro de 2019 - Foto: Arquivo/Jornal da Nova

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Além disso, os parlamentares solicitaram os custos das paredes estruturadas edificadas junto à ponte, a elaboração dos projetos técnicos dos gabiões das paredes e da ponte e, ainda, o valor da galeria celular construída por volta de 2011, mas que foi levado pelas águas em 2015.

Por fim, os vereadores solicitaram o nome do engenheiro responsável pela aprovação dos projetos, os responsáveis pelas contratações e o autor dos projetos de engenharia dos gabiões, paredes estruturadas e da ponte.

“Fizemos essa solicitação, usando de direito de fiscalizar, tendo em vista de tratar de recursos Federais e Municipais que foram gastos e não tiveram resultados esperados, tanto é que o anel viário se encontra interditado”, salientaram.

“Isso tem ocasionando inúmeros transtornos no perímetro urbano, por conta do volume de carretas que trafegam nas vias públicas, colocando a vida de pessoas em risco”, complementaram os parlamentares no documento.

Prefeito Gilberto Garcia e vereador Deildo Piscineiro durante a construção da ponte - Foto: Arquivo/Jornal da Nova

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