Operação da Polícia Federal desarticulou economicamente parte de uma organização criminosa brasileira que atuava no tráfico internacional de drogas e armas em Ponta Porã, fronteira com Pedro Juan Caballero, Paraguai. A ação aconteceu na quinta-feira (25) de junho, denominada “Operação Exílio”.

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Entre os presos está o nova-andradinense Luiz Guilherme Dutra Toppam, de 24 anos, conhecido como “Coxinha”. Segundo a reportagem do Domingo Espetacular da “TV Record”, o suspeito auxiliava os líderes da facção paulista no tráfico de drogas e armas.

Investigações da PF apontaram que Toppam tinha relação com Davi Timóteo um dos possíveis responsáveis pelo planejamento da fuga de 75 detentos de uma penitenciária em Pedro Juan Caballero, em janeiro deste ano.

O Domingo Espetacular teve acesso com exclusividade aos documentos que deu origem a operação.

No transcorrer das investigações, descobriu-se que a organização criminosa investigada é liderada por indivíduos foragidos do sistema prisional paulista, os quais seriam vinculados ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Os investigados seriam responsáveis por comandar ações de interesse do PCC na região de fronteira formada pelas cidades-gêmeas Ponta Porã e Pedro Juan Caballero (Paraguai). Ainda, verificou-se que os integrantes da Orcrim ocupavam imóveis de alto valor agregado e transitavam em veículos de luxo, adquiridos com valores oriundos da prática de atividades criminosas.

As ações reforçam a diretriz de atuação da Polícia Federal relativa à desestruturação financeira e estrutural das grandes organizações criminosas com a responsabilização penal de seus integrantes, sobretudo seus líderes.

No dia a operação, a polícia apreendeu 14 granadas, R$ 50 mil, quatro fuzis, duas pistolas e sete carros de luxo. Além disso, 500 quilos de maconha também foram apreendidos.

Foram 10 mandados de busca e apreensão e prisão expedidos pela 1ª Vara Federal de Ponta Porã, que foram cumpridos em Mato Grosso do Sul e São Paulo.

A operação recebeu o nome de “Exílio” devido à descoberta de que membros do PCC foragidos da Justiça teriam buscado abrigo na fronteira entre Brasil e Paraguai. Com documentos falsos, se passavam por empresários para esconder as atividades criminosas.

A ação aconteceu dentro da 22ª Semana Nacional de Políticas Sobre Drogas realizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com o Ministério da Cidadania.