Ex-funcionário de prefeitura e empresário são presos na segunda fase da ''Operação Dark Card'' em MS

Também foram apreendidos veículos, joias e bloqueio das contas bancárias, além de cumprir mandados de busca

Da Redação


A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (14) a segunda fase da “Operação Dark Card” para combater desvio de cerca de R$ 1,4 milhão da Prefeitura de Nova Alvorada do Sul. Ao mesmo tempo, policiais também estiveram em Rio Brilhante, onde a investigação aponta o desvio de R$ 330 mil em três meses do ano. A operação conta com policiais locais e também equipe do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado).

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Segundo a polícia, os policiais estiveram nos alvos durante a manhã e cumpriram dois mandados de prisão, sendo um de um ex-funcionário da Prefeitura de Nova Alvorada do Sul e outro do empresário envolvido na prática, mandado de busca e apreensão, além da determinação judicial de sequestro de bens proporcionais ao prejuízo sofrido pelo erário público realizando-se a apreensão de veículos, joias e bloqueio das contas bancárias.

Conforme a Polícia Civil, a investigação teve origem a partir de denúncias realizadas no município de Rio Brilhante, oportunidade em que chamou atenção que os supostos abastecimentos ocorriam no município de Nova Alvorada do Sul, cidade distante 40 quilômetros.

Policiais civis durante busca e apreensão - Foto: Polícia Civil/Divulgação

Além disso, frente aos fatos que os autores envolvidos praticavam função de influência na comarca de Nova Alvorada do Sul, a unidade policial da cidade solicitou à controladoria municipal o extrato dos gastos com a frota veicular no ano em tela, oportunidade em que se percebeu os gastos inconsistentes de algumas secretarias com o cartão genérico, ou seja, aquele que não é vinculado a nenhum veículo oficial e deve ser usado somente de forma emergencial – constatando-se o prejuízo da ordem de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos.

Durante investigação realizada pela Delegacia de Rio Brilhante, vislumbrou-se que os cartões eram passados reiteradamente sem que houvesse qualquer abastecimento, fato corroborado com a análise do rastreador da frota veicular de Nova Alvorada do Sul, a qual não percorreu o percurso necessário para consumir o combustível pago pela prefeitura.

A polícia então representou pela prisão preventiva dos suspeitos, busca domiciliar e indisponibilidade dos bens para ressarcir o erário, sendo todas as medidas deferidas judicialmente.

Policiais durante o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão em MS - Foto: Polícia Civil/Divulgação

Na primeira fase já haviam sido cumpridos três mandados de prisão de pessoas envolvidas prática no município de Rio Brilhante, constatando que as duas cidades sofreram um prejuízo de mais de R$ 1,8 milhão com os crimes.

Os envolvidos devem responder pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Conforme a polícia, houve a determinação judicial de sequestro de bens proporcionais ao prejuízo sofrido pelo erário público - Foto: Polícia Civil/Divulgação

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