Professor que ostentava nas redes sociais é preso pela Defron com droga avaliada em R$ 2 milhões

Na abordagem policial, identificou-se como professor de letras, mas teve o seu contrato de trabalho rescindido pelo município de Ponta Porã, em dezembro de 2021

Da Redação


Walter Manoel Riquelme Britez, de 33 anos, professor de letras, foi preso nesta quinta-feira (20), por tráfico de drogas em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Ação policial foi realizada pela Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira), que apreendeu 104,650 quilos de pasta base de cocaína.

Investigações em curso apontavam que um professor de letras da rede de ensino do município de Ponta Porã teria passado a ostentar, nos últimos meses, um padrão de vida incompatível com a remuneração por ele percebida, de um salário mínimo.

Segundo Delegacia Especializada, Walter passou a publicar fotos de viagens, além de gastar valores elevados nos bares de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero no Paraguai e se identificar como amigo de patrões do tráfico de drogas.

Diante dessa realidade a Defron apurou que, o investigado estava utilizando o imóvel residencial pertencente a sua mãe, residente na Espanha, para armazenar drogas ilícitas no local, advindo dessa atividade o alto padrão de vida ostentado perante a sociedade.

Assim, na manhã desta quinta-feira, por volta das 11h30, durante monitoramento no imóvel, onde estariam sendo armazenadas as drogas, localizado no Jardim das Rosas, em Ponta Porã, policiais da Defron identificaram quando o investigado parou um automóvel GM/Celta, de placas paraguaias na frente do local, lá adentrou e logo em seguida saiu carregando uma caixa de isopor.

 

Diante de indícios de que drogas estavam no interior da caixa os policiais abordaram o automóvel, no qual, além do investigado, encontravam-se duas outras pessoas.

Vistoriada a caixa de isopor, não foram encontradas drogas em seu interior. Contudo, o investigado logo relatou aos policiais que a mãe dele não possuía relação com o “B.O.” (fato ilícito) que estava no interior da residência.

Perguntado o que havia na residência, o investigado expôs que guardava para “desconhecidos” tabletes de pasta base de cocaína, recebendo R$ 10 mil por semana por essa empreitada.

Vistoriado o imóvel, foram encontrados dentro de caixas de papelão e de isopor centenas de tabletes de pasta base de cocaína, que pesados totalizaram 104,650 quilos, entorpecente avaliado no Estado em torno de R$ 2 milhões.

Sobre os dois outros indivíduos que estavam no automóvel, apurou-se que na companhia do preso iriam realizar um churrasco em um espaço de lazer, não se identificando relação deles com a traficância de drogas.

Apurou-se também, que o investigado, que no momento da abordagem policial, identificou-se como professor de letras, teve o seu contrato de trabalho rescindido pelo município de Ponta Porã, em dezembro de 2021.

Ele foi preso em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico, sendo representado pela decretação de sua prisão preventiva.

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